Robô cirurgião financiado pela NASA fará testes na ISS

O dispositivo, que pode funcionar de maneira autônoma ou ser manuseado de forma remota, já realizou operações bem sucedidas em terra firme e terá serventia em ações futuras
NASA financia robô cirurgião que será enviado para a ISS em 2024
Imagem: Virtual Incision/YouTube/Reprodução

A humanidade está cada vez mais próxima de seu retorno à Lua –e desta vez é para ficar. A NASA tem como objetivo estabelecer uma estação espacial no satélite, que servirá como base de lançamento para outras missões no espaço profundo. É esperado que, no futuro, tenha pessoas vivendo até mesmo em Marte. 

Mas estabelecer colônias fora da Terra não é tão simples assim. Os astronautas devem estar preparados para cultivar alimentos, gerar eletricidade e até mesmo fornecer assistência médica.

Nem todos os viajantes precisam ser profissionais da saúde. A NASA está financiando uma empresa que produz um tipo de robô cirurgião, que poderia funcionar de forma autônoma ou ser manuseado remotamente, permitindo pequenas operações emergenciais no espaço. 

A empresa em questão é a Virtual Incision, fundada por um professor da Universidade de Nebraska-Lincoln, nos EUA. O dispositivo criado pelos cientistas recebe o nome de Miniaturized In-vivo Robotic Assistant (MIRA). Confira:

A NASA investiu recentemente US$ 100 mil na companhia, o que deve permitir que o robô seja enviado para testes na Estação Espacial Internacional (ISS) em 2024.

Por lá, ele cortará elásticos bem esticados, imitando a pele, e empurrará anéis de metal ao longo de um fio, simulando operações delicadas –tudo de forma autônoma.

Esse não é apenas um voto de confiança da agência espacial. O dispositivo já apresentou bons resultados durantes testes em terra firme.

Em 2021, ele realizou sua primeira cirurgia remota, removendo metade do intestino grosso (cólon) de um paciente dentro de um procedimento conhecido como hemicolectomia.

Os ensaios na ISS não devem testar apenas seu funcionamento, mas sim a capacidade em operar na microgravidade e como tais condições afetam o equipamento.

Até 2024, os cientistas devem continuar configurando o MIRA para que ele caiba dentro de um armário de experimentos. Além disso, devem aperfeiçoá-lo fisicamente, garantindo que o robô cirurgião seja forte o suficiente para sobreviver ao lançamento de um foguete.

Carolina Fioratti

Carolina Fioratti

Repórter responsável pela cobertura de saúde e ciência, com passagem pela Revista Superinteressante. Entusiasta de temas e pautas sociais, está sempre pronta para novas discussões.

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