Royole FlexPai: é legal ver um smartphone com tela flexível – mexer, nem tanto

O Royole FlexPai talvez seja um dos dispositivos mais disputados na CES 2019 – todo mundo quer ver, tirar uma foto e conversar sobre o produto. Isso porque ele é o primeiro smartphone de tela dobrável disponível no mercado. Apresentado na China em outubro de 2018, o aparelho é vendido por cerca de US$ 1.400 […]
Alessandro Feitosa Jr/Gizmodo Brasil

O Royole FlexPai talvez seja um dos dispositivos mais disputados na CES 2019 – todo mundo quer ver, tirar uma foto e conversar sobre o produto. Isso porque ele é o primeiro smartphone de tela dobrável disponível no mercado.

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Apresentado na China em outubro de 2018, o aparelho é vendido por cerca de US$ 1.400 e basicamente é o fura olho da Samsung, que também pretende lançar um dispositivo do tipo ainda neste ano.

Ver um celular com tela flexível ao vivo é bem legal – você fica se perguntando o tempo todo como aquilo não quebra. Mexer nele já são outros quinhentos. A real é que os smartphones dobráveis devem fracassar por um único motivo: a gente não precisa disso. E o Royole FlexPai é a primeira prova disso.

Primeiro que ele é pesado: são 320 gramas. E como você pode imaginar, quando ele está dobrado, fica bem grosso; não tem como colocar no bolso da calça direito. Fora que ele é feio: a traseira do dispositivo que funciona como um híbrido entre tablet e smartphone parece uma sanfona de ônibus articulado.

O pior mesmo é o software, baseado no Android 9 Pie, que trava ao ser dobrado e engasga por não perceber rapidamente em que modo deveria estar, mesmo com toda a potência do aparelho. Por dentro, ele tem processador Snapdragon 855, até 8 GB de RAM e até 256 GB de armazenamento, com possibilidade de expansão por microSD.

A tela é de AMOLED e tem 7,8 polegadas com resolução de 1920×1440 pixels no modo expandido. O aparelho tem um par de câmeras com sensores de 16 e 20 megapixels, elas ficam na parte frontal e podem ser usadas tanto para selfies quanto para outras fotos – é só orientar o lado da tela que você quer visualizar.

A Royole diz que a tela não quebra, uma vez que é de plástico em vez de vidro. Porém, há um limite de vezes para dobrar e desdobrar o aparelho: 200 mil ciclos. Eu duvido que dure tudo isso, pra ser sincero.

A experiência, como comentei, é essa: ver esse aparelho ao vivo dá uma sensação futurística e causa entusiasmo. Mas depois de alguns minutos com ele na mão, você fica um pouco frustrado pelo design atabalhoado e a performance esquisita. Pode ser que no futuro encontrem soluções para os problemas desse dispositivo, mas eu estou muito satisfeito com meu celular normal.

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O jornalista viajou para Las Vegas a convite da CTA, empresa que organiza a CES.

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