Após a invasão russa na Ucrânia, a Organização Europeia para Pesquisa Nuclear (CERN) —responsável pelo maior laboratório de física de partículas no mundo— declarou nesta terça-feira (8) que suspenderá o status de “observador” do país em suas instalações e congelará novos acordos com institutos científicos da Rússia.
Atualmente, a CERN conta com 23 estados-membros e outros 7 associados —entre estes, está a Ucrânia.
Após a reunião, decidiram não só se desligar dos russos, mas também afirmaram em comunicado que irão promover iniciativas de apoio a colaboradores ucranianos e a atividades científicas conduzidas pelo país no campo da física de partículas altamente energéticas.
CERN Council responds to Russian invasion of Ukraine
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— CERN (@CERN) March 8, 2022
Em outra parte do comunicado, os membros disseram que condenam “nos termos mais fortes, a invasão militar da Ucrânia pela Federação Russa, e deploram a consequente perda de vidas e consequências humanitárias, bem como a participação da Bielorrússia neste uso ilegal da força contra a Ucrânia”.
Fundada em 1954, a CERN foi criada “com o objetivo de unir nações e povos em torno da ciência em um espírito de paz”.
Com o Japão e os Estados Unidos, a Rússia tinha status de observador para o acelerador de partículas Large Hadron Collider (LHC), um enorme anel de 27 km enterrado no subsolo na fronteira franco-suíça.
No comunicado, o conselho do laboratório afirmou que seguirá monitorando a situação cuidadosamente, e que estão prontos para tomar novas medidas, caso sejam necessárias. “O Conselho da CERN também expressa seu apoio aos vários membros da comunidade científica russa no laboratório, que rejeitam esta invasão”, concluíram.
Em meio a cancelamentos de inúmeros setores, a Rússia agora se vê em uma encruzilhada com o desligamento de diversas empresas de tecnologia no país. Diante disso, o país comandado por Vladimir Putin, estuda liberar softwares piratas contra embargo da internet.