Rússia estuda liberar softwares piratas contra embargo da internet

A medida russa pode suavizar temporariamente a saída das grandes empresas ocidentais, mas não resolveria o problema
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Imagem: Pixabay/Reprodução

Com intuito de driblar as últimas sanções impostas contra o país após os ataques contra a Ucrânia, a Rússia estuda legalizar a pirataria de software por ter sido cortada da tecnologia ocidental.

Segundo o portal russo Kommersant, o governo russo admite a opção de modificar sua legislação para abolir a responsabilidade criminal e administrativa pelo uso de software pirata o que consequentemente, pode afastar ainda mais o país de outras nações.

Para que o plano entre em ação, será proposto um mecanismo de licenciamento compulsório para software, bancos de dados e topologias para circuitos integrados. Ou seja: isso representa a legalização das cópias piratas.

A solução estaria prevista em um artigo de Código Civil da Federação Russa que respalda o governo com o direito “em caso de emergência” de decidir sobre o uso de uma invenção, modelo de utilidade ou desenho industrial sem o consentimento do titular da patente.

Empresas como Microsoft, Apple, Oracle, Samsung, IBM e Sony já anunciaram a suspensão de seus serviços na Rússia enquanto o combate armado na Ucrânia perdurar.

A medida pensada pela Rússia pode suavizar temporariamente a saída dessas grandes empresas, mas não resolveria o problema, pois grande parte do software significativo dessas empresas é vendido por assinatura, o que significa que o acesso a eles será bloqueado de qualquer forma.

Apesar dessa medida extrema, a pirataria de software na Rússia não está começando agora. Em 2019, uma pesquisa feita pela empresa de segurança ESET, descobriu que 91% dos russos preferiam conteúdo pirata, com quase 20% dizendo que instalaram software crackeado. O motivo mais citado por 75% dos entrevistados foi que as versões oficiais custam muito dinheiro.

Vale lembrar que o país tem um longo histórico de violação aos direitos de propriedade intelectual, principalmente os de outros países.

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