Minimizando os danos a seus lucros e evitando gastos ambientais, a Samsung irá vender, a partir de maio, unidades recondicionadas do Galaxy Note 7 que foram recolhidas após o aparelho apresentar problemas na bateria com o risco de explosão. A empresa espera ter cerca de 2,5 milhões de aparelhos disponíveis para voltarem às prateleiras, mas apenas em mercados emergentes, como Índia e Vietnã.
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Segundo o portal de notícias sul-coreano Hankyung, os smartphones recondicionados que serão recolocados no mercado terão os mesmos componentes, exceto pela bateria, que será menor e, obviamente, menos propensa a explodir, diminuindo sua capacidade para algo em torno de 3.000 e 3.200 mAh (os modelos continham bateria de 3.500 mAh). Além disso, as unidades remanufaturadas terão novos cases.
Anteriormente, a Samsung havia anunciado que 98% dos 3,06 milhões de aparelhos Galaxy Note 7 distribuídos ao mercado haviam sido coletados. Desses, 200 mil foram usados para se chegar às causas das explosões. Agora, segundo informa o Hankyung, aproximadamente 2,5 milhões do montante que restou voltarão ao mercado. O portal ZDNet Korea noticia que, além de mercados emergentes como Índia e Vietnã, a Samsung pode colocar algumas das unidades à venda na própria Coreia do Sul, antes do lançamento do Galaxy Note 8, que poderá ser comprado pela metade do preço pelos coreanos que haviam adquirido o Galaxy Note 7.
Antes dos problemas com a bateria, o Galaxy Note 7 estava com uma ótima reputação e vinha despontando como um dos destaques entre os gadgets do ano passado. À época da primeira onda de relatos de explosão, a Samsung reagiu aumentando a produção dos aparelhos com baterias feitas pela Amperex Technology, de Hong Kong. Entretanto, elas também apresentaram falhas.
A companhia sul-coreana afirmou que o principal problema com a bateria A foi causado por uma deformidade no canto superior direito, que fez com que os eletrodos dobrassem e entrassem em combustão; e, com a B, “uma falha nas células internas entre a soldagem da aba de eletrodos positivos e a película de cobre do eletrodo negativo, diretamente oposto às soldas defeituosas”, não necessariamente um erro de design da bateria.
No mês passado, ao fim da investigação de quatro meses que determinou a bateria como a culpada pelas explosões, a Samsung afirmou que esse era o único problema com o aparelho. Agora resta ver se os consumidores vão dar ao aparelho recondicionado um voto de confiança quando ele voltar ao mercado.
[Engadget, ZDNet Korea, Independent]