Satisfação com envelhecimento pode diminuir mortalidade de idosos, entenda
A chave para uma vida mais longa pode ser a maneira como uma pessoa percebe seu envelhecimento. E, se a percepção é positiva, menores são os riscos de mortalidade durante a velhice. É isso que diz um novo estudo publicado na revista The Gerontologist.
Entenda a pesquisa
Uma equipe de pesquisadores analisou dados coletados entre 2006 e 2008 de mais de 5 mil pessoas com idades entre 50 e 74 anos. Todas elas viviam na mesma cidade, Nova Jersey (EUA), mas os pesquisadores levaram em consideração variáveis demográficas, de saúde e estilo de vida.
Além disso, os cientistas também levaram em consideração a percepção dessas pessoas sobre a maneira como estavam envelhecendo. Para isso, aplicaram questionários sobre o chamado envelhecimento bem-sucedido subjetivo (ESS).
De modo geral, o ESS busca compreender como uma pessoa percebe o processo de ficar mais velha pelo qual está passando sob quatro aspectos. São eles: evitar doenças e incapacidades; ter boas funções cognitivas, mentais e físicas; estar ativamente envolvido na vida e, por fim, estar psicologicamente bem adaptado à velhice.
Visão positiva, vida longa
Juntando todas as análises, os cientistas descobriram que a percepção sobre o envelhecimento tem um papel importante na saúde dos idosos. Isso porque eles encontraram correlações significativas entre um pensamento negativo sobre a experiência de envelhecer e o risco de mortalidade dos participantes.
De acordo com os resultados do estudo, pessoas com pontuações baixas de ESS (entre zero e cinco) tinham 45% de chance de morrer em nove anos. Enquanto isso, aquelas com pontuações altas (entre 25 e 30) tinham menos de 10% de chance de morrer.
Assim, os pesquisadores concluíram que cada aumento de um ponto no ESS diminuiu o risco de mortalidade de um idoso em 3%. Isso demonstra que a percepção de uma pessoas sobre seu envelhecimento desempenha um papel importante na sua saúde, além dos fatores de riscos já conhecidos.
“Minha pesquisa fornece uma maneira nova e útil de entender a ligação entre como as pessoas se sentem em relação à sua experiência de envelhecimento e a mortalidade”, disse Rachel Pruchno, autora do estudo.
Agora, a próxima pesquisa de Pruchno busca compreender quais mudanças as pessoas podem fazer em suas vidas para garantir que envelheçam com sucesso.