Sem programa para o ano novo? Que tal acompanhar dados da Antártica em tempo real?

Nesta virada de ano, começaram a operar na Antártica os projetos brasileiros ATMOS e REMObs, focados no estudo do clima no continente. E você pode acompanhar os resultados ao vivo
Antártica
Imagem: Wikimedia Commons/Marinha do Brasil/Reprodução

A virada do ano na Antártica está sendo animada para os brasileiros. Em dezembro, cientistas voltaram a explorar o continente gelado após quase dois anos de hiato. Essa notícia por si só já é relevante. Mas não para por aí. 

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Nesta virada de ano, começaram a operar na Antártica os projetos ATMOS e REMObs, focados no estudo do clima no continente. Os dados dessas pesquisas são atualizados em tempo real no site Operantar. Você pode conferi-los clicando aqui.

O ATMOS visa melhorar a compreensão das interações entre o gelo marinho, a atmosfera, o oceano, as ondas e as trocas de calor. Entram nessa conta também as emissões de CO2 e quantidade de movimento do Oceano Austral. 

Dessa forma, os cientistas poderão coletar dados climáticos do continente e compará-los aos vistos aqui, na América do Sul. O projeto faz parte do Programa Antártico Brasileiro (Proantar) e é coordenado pelo pesquisador do Inpe Luciano Pezzi. O cientista contou detalhes sobre a pesquisa no canal de YouTube “Antártica ou Antártida?”. 

O projeto REMObs não foge muito da ideia. Aqui, a missão envolve a consolidação de uma Boia Meteoceanográfica Nacional (BMO-BR). Para alcançar o objetivo, os pesquisadores pretendem estabelecer uma rede de coleta de dados operacionais no Atlântico Sul. O trabalho é uma parceria entre o Centro de Hidrografia da Marinha (CHM) e a Petrobras.

Parte dos dados de ambos os projetos estão sendo coletados com auxílio de boias específicas colocadas próximas da Estação Antártica Comandante Ferraz. As informações coletadas por elas ficam disponíveis no site Operantar. As ferramentas indicam dados como a altura das ondas até a direção e velocidade dos ventos.

Só para ter um exemplo: na última atualização da boia denominada Pinguim, a altura das ondas estava em torno de 2,4 metros e a velocidade dos eventos em 4 metros por segundo. Boa diversão.

Carolina Fioratti

Carolina Fioratti

Repórter responsável pela cobertura de saúde e ciência, com passagem pela Revista Superinteressante. Entusiasta de temas e pautas sociais, está sempre pronta para novas discussões.

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