Um novo sensor consegue detectar comida estragada em minutos

Um novo sensor combina duas técnicas para ajudar a descobrir a presença de E.coli, bactéria que causa a intoxicação alimentar.

Quando ocorre um surto de intoxicação alimentar, nós paramos para pensar o que comemos antes para tentar descobrir a causa para não acontecer novamente. Porém, um novo sensor pode mudar radicalmente tudo isso.

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Um novo artigo no ACS Infectious Diseases detalha uma nova técnica que combina dois métodos de detecção de contaminação de comida em um teste de diagnóstico rápido. A técnica usa uma combinação de ressonância magnética e teste de fluorescência para verificar os altos e baixos níveis da bactéria E.coli simultaneamente, sem a necessidade do tradicional trabalho laboratorial. Os resultados, segundo Tuhina Banerjee, um dos autores do estudo, começam a aparecer em menos de um minuto. Após 15 minutos, a técnica pode confirmar (ou não) a presença de E.coli.

Por ora, o teste foi apenas calibrado para verificar a presença de E.coli. Mas os pesquisadores acreditam que seria fácil ajustar para o teste de outras bactérias, como a Salmonela, ou mesmo outros vírus espalhados de outras formas além da comida.

“A aplicação tem um vasto potencial. Nós não estamos restrito apenas a este tipo de patologia”, disse Banerjee. “Dependendo do tipo de problema, nós podemos inventar novas aplicações.”

Há ainda um longo caminho até que você possa comprar algum gadget com esta tecnologia no varejo. Mas se os testes funcionarem em um uso generalizado — talvez como um sensor de comida de mão — tem o potencial de mudar radicalmente como lidamos com problemas de comida contaminada.

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Linha do tempo do E.coli (CDC)

Um dos principais problemas em interromper surtos é o tempo. A presença da bactéria E.coli tipicamente leva três semanas para ser confirmada, pois as pessoas primeiramente ingerem a comida estragada e só depois ficam doentes — muitas vezes não é imediato. Depois disso, as pessoas vão a um médico, depois a um laboratório para no fim confirmar uma eventual contaminação. Até aí, a comida já se foi — ou porque já foi comida ou pois já foi jogada fora — e não pode ser testada. Isso significa que frequentemente nós nunca sabemos a fonte da causa da intoxicação alimentar.

Se forem rápidos, sensores de mão podem eventualmente se tornarem itens difundidos, embora não seria necessário esperar semanas para tentar saber qual a origem da intoxicação. Nós poderíamos ter testes preventivos e ajudar a interromper surtos de comida quando acontecerem — ou, pelo menos, conseguir rastrear as causas do problema.

Foto do topo: bactéria E.coli (Pixabay)

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