Seu próximo celular pode ter metal líquido sem virar um Exterminador do Futuro
A IBM está trabalhando em como usar metal líquido tanto para fazer processadores funcionarem, como para resfriá-los, tudo ao mesmo tempo. Isto significa chips em dispositivos móveis com maior eficiência e com clocks bem mais altos. Isso se o celular não virar um T-1000, claro.
No Zurich Research Laboratory da IBM, uma equipe de pesquisadores usou de inspiração o cérebro humano:
“O cérebro humano é 10.000 vezes mais denso e eficiente que qualquer computador hoje. Isso é possível porque ele usa apenas uma rede, extremamente eficiente, de capilares e vasos sanguíneos para transportar calor e energia, tudo ao mesmo tempo”, disse Bruno Michel da IBM à New Scientist.
Primeiro, esta equipe de engenheiros da IBM empilharam centenas de wafers (finas placas) de silício para criar processadores tridimensionais. Nada demais até então: afinal, os novos processadores Ivy Bridge da Intel, a serem lançados em 2012, fazem a mesma coisa.
Mas a IBM criou canais entre os wafers, que permitem ao metal líquido – vanádio, para ser preciso – navegar por todo o processador. Como o líquido é metálico, ele pode ser usado para carregar partículas que fazem o chip funcionar. À medida que o vanádio perde sua carga elétrica, ele também absorve calor – isto é, ele serve de fluído resfriador também.
O que isto significa? Eficiência muito maior, e clocks bem mais altos em dispositivos móveis. É só fazerem baterias potentes o bastante para acompanhar isto. Ah, já estão trabalhando nisso? Bom. [New Scientist]
Imagem por williamcho/Flickr