“Sextou”, “treta” e “zoeira”: estudo mostra as gírias mais faladas no Brasil
Enquanto gírias como “sextou” e “treta” estão entre as mais faladas no Brasil, outras como “ranço” e “lacrou” já se tornaram irritantes aos ouvidos dos brasileiros. É o que mostra uma pesquisa lançada em 16 de maio pela plataforma de idiomas Preply.
O estudo entrevistou 1.584 pessoas de cinco regiões do Brasil, durante o mês de abril. Os resultados colocaram “sextou” como a gíria mais popular, falada por 74% dos entrevistados. Em seguida está “treta”, com 64%, e “zoeira”, com 62%.
Já o termo “ranço” é o mais odiado: 30% dos participantes citaram a palavra como inconveniente ou ultrapassada. “Lacrou” também caiu no desgosto, com 29% da não-preferência. Em seguida estão “abestado” (28%), “crush” e “sextou”, ambas com 25%.
De maneira geral, as mulheres entrevistadas se sentiram mais aptas a usar gírias do que os homens. Mas tanto um quanto o outro relataram que já consultaram o significado de algum jargão online pelo menos uma vez. E 33% disseram que recorreram a pessoas mais jovens para entender o sentido de alguma expressão.
Quais são as 10 gírias mais comuns no Brasil e seus significados
- Sextou (comemoração da chegada da sexta-feira)
- Treta (confusão, briga)
- Zueira (brincadeira, bagunça)
- Trocar ideia (conversar)
- Crush (pessoa que desperta atração em outra)
- Perrengue (problema)
- Firmeza (alguém ou algo positivo)
- Lacrou (arrasou)
- Abestado (bobo, tolo)
- ranço (incômodo, desprezo)
Gírias bombam na internet
A pesquisa também mostrou que a internet é o lugar onde 64% dos brasileiros descobrem novos termos. Enquanto isso, 70% dos entrevistados disseram que vivenciam novas gírias a partir do contato com os amigos, seja no virtual ou presencial.
Ainda assim, as redes sociais têm um papel importante nisso. Entre os participantes, 55% conhecem novas gírias no TikTok, e 54% no Instagram. Outros 22% preferem o Twitter, enquanto 38% descobrem jargões em filmes e séries, e 14% em músicas.
Não é fácil ficar por dentro de todas as gírias que surgem todos os dias na internet. A geração Z, por exemplo, já criou até um código de números com significados que muitas vezes são indecifráveis aos mais velhos.
O ideal, nesses casos, é contar com o bom e velho Google ou as novas ferramentas de IA (inteligência artificial) para não ficar de fora do que há de mais novo nos debates modernos.