Uma onda de calor estranha vem assolando a maior parte do Ártico há semanas, mas bateu recordes neste sábado (20), quando a temperatura atingiu 38 graus Celsius em uma cidade da Sibéria, em uma das regiões mais setentrionais da Rússia.
Provavelmente essa é a maior temperatura já registrada ao norte do Círculo Ártico, como apontou o meteorologista da CBS Jeff Berardelli no Twitter, embora o recorde ainda precise ser verificado.
Os relatos desse calor rapidamente se espalharam pela internet, compartilhados por meteorologistas de todo o mundo e até mesmo pela ativista sueca Greta Thunberg.
Embora 2019 tenha sido o ano mais quente da Rússia, 2020 já parece estar pronto para superar a marca. No mês passado, a Sibéria relatou temperaturas quase 4 graus acima do normal para esta época do ano. Além disso, partes da região pegaram fogo.
Verkhoyansk, que abriga pouco mais de 1.000 pessoas, também detém o recorde de onde você pode encontrar as maiores variações de temperatura da Terra. Na noite de sábado, o tempo esfriou para cerca de 26 graus Celsius – porém, a região é conhecida por ter temperaturas bem abaixo de zero, com os recordes de frio chegando a -67 graus Celsius.
O calor histórico deste fim de semana é mais uma má notícia sobre o Ártico, já que a região continua a ser assolada pelos impactos das mudanças climáticas. No mês passado, a extensão de gelo marinho atingiu o nível mais baixo já registrado em maio.