Simulação mostra como será o corpo humano no ano 3000: corcunda

Observando o impacto físico do uso frequente das tecnologias pessoais, a empresa norte-americana de telecomunicações TollFreeFowarding desenvolveu um modelo em 3D que mostra como será o corpo humano no ano 3000. Para criar a representação, a empresa consultou especialistas e pesquisas científicas sobre o impacto da tecnologia no cotidiano. O resultado, porém, não é muito bonito.

• 5 atividades físicas prazerosas para fazer logo pela manhã
• Algoritmo brasileiro busca projetar futuro da floresta amazônica

Apesar de estarmos muito longe do ano 3000, é bem provável que você já tenha imaginado como será a humanidade no próximo milênio. Desde os primórdios, o ser humano sempre teve curiosidade em saber como seria a humanidade no futuro. Basta observar a literatura e o cinema dos séculos anteriores para encontrar obras que apresentavam o ano 2000 de uma maneira bem fantástica.

No entanto, esse fascínio pelo futuro destaca apenas a evolução da humanidade em termos de sociedade e tecnologia, deixando de lado a evolução do corpo humano em si (com exceção do livro “A Máquina do Tempo”, de 1895).

No entanto, a evolução das tecnologias alteram os hábitos dos humanos, então também podem alterar o formato do corpo humano. Nas duas últimas décadas, a tecnologia deu um enorme salto e se tornou parte das nossas vidas. E o celular se tornou uma extensão do nosso corpo.

São óbvios os benefícios dessa presença da tecnologia no cotidiano, mas, também, há consequências físicas e psicológicas já comprovadas.

O corpo humano corcunda no ano 3000 

Imagem: TollFreeFowarding/Divulgação

O modelo 3D apresenta o humano do ano 3000 com um corpo com alterações físicas devido a mil anos de uso constante de tecnologia.

Abaixar a cabeça pra olhar o celular toda hora, ou levantar para olhar a tela do computador do escritório, causa tensões nas partes do corpo que determinam nossa postura.

Portanto, o humano do ano 3000 terá um corpo mais corcunda, com o pescoço mais largo. Especialistas explicam que isso ocorre pelo movimento que puxa o torso à frente dos quadris.

Além de corcunda, o corpo humano do ano 3000 terá mais características estranhas, como:

• “garras de WhatsApp” e “cotovelos de celular” : o modelo em 3D possui mãos que se assemelham a garras devido aos extensos períodos que passamos digitando mensagens no smartphone. No inglês, o termo “text claw”, ou “garra de SMS” foi cunhado em 2013 e representa a forma que a mão fica quando seguramos os celulares.
• “cotovelos de celular”: também causado pelo forma de segurar o celular, os cotovelos vão ficar em uma posição mais dobrada, em 90 graus.
• síndrome do pescoço tecnológico: também conhecido por “Tech Neck”, essa síndrome ocorre por ficar abaixando o pescoço para olhar para telas, apresentando dores e rigidez no pescoço e nos ombros.
• cérebro menor: A pesquisa destaca que a redução da necessidade por certas habilidades cognitivas pode gerar uma redução no tamanho do cérebro durante as próximas gerações.
• segunda pálpebra: o uso constante de dispositivos com telas brilhantes pode levar ao desenvolvimento de uma segunda pálpebra para proteger os olhos da luz excessiva.

Imagem: TollFreeFowarding/Divulgação

Além dos impactos físicos, o estudo também prevê impactos na saúde mental com base em evidências dos efeitos psicológicos do uso excessivo de tecnologia.

No entanto, as previsões não passam de especulações sem se aprofundar muito em pesquisas científicas. Na verdade, a empresa lançou o modelo para alertar sobre o uso excessivo de tecnologia em um período pós-pandêmico.

A ausência de pesquisas genéticas não dão base às afirmações sobre alterações em membros do corpo pelo uso de ferramentas específicas. Além disso, a projeção descarta os mecanismos complexos do processo evolucionário.