A Qualcomm também tem um relógio inteligente e ele é o oposto do Galaxy Gear
Feliz dia dos relógios inteligentes! Vamos receber de braços abertos a nova companheira de festa: Qualcomm. Isso mesmo, a fabricante dos chips Snapdragon vai fazer seu próprio relógio – o Toq – diretamente para consumidores. E é diferente do Galaxy Gear da Samsung.
Ele está mais para acessório do que um gadget independente. Pense em um relógio melhorado, não em um “telefone no seu pulso”, como propõe a Samsung. O Galaxy Gear tem uma abordagem “mais é mais”, enquanto o Qualcomm Toq é minimalista ao máximo.
Baixo consumo de energia
A tela de 1,5 polegadas do Toq é um painel Mirasol – tecnologia inicialmente pensada para eReaders coloridos que minimiza a necessidade de iluminação ao ser nítida mesmo com luz do sol. A touchscreen capacitiva é minimizada quando não está sendo usada para economizar bateria. Em relação à conectividade, ele usa Bluetooth. Não há Wi-Fi nem conexão de dados de celular para queimar energia por aqui. Nem speakers. Nem microfone. Nem câmera. Mas ele tem um acelerômetro, o que teoricamente faz com que sirva para apps de exercícios físicos.
A Qualcomm afirma que a bateria do Toq pode durar até dois dias. Não é eterna, mas não é nada mal para algo com uma touchscreen colorida. Para impressionar mais, o Toq é um dispositivo que está sempre ligado: ele não tem botão de desligar.
Então a proposta do Toq vai além do que qualquer outro bom dispositivo consegue fazer: ele quer aguentar um longo e agitado dia. E é disso que você precisa, certo?
Quando for a hora de carregar, o Toq pode recuperar sua energia em um case que funciona também como um carregador wireless, usando a tecnologia proprietária da Qualcomm chamada WiPower. Ah, e ele também acompanha dois fones de ouvido Bluetooth.
Um simples parceiro
Sem Wi-Fi, a maioria das funcionalidades do Toq (além de mostrar o tempo como um relógio) está na possibilidade de ser pareado com um smartphone com Android 4.0 ou superior. Através de um app, usuários podem controlar quais notificações são enviadas para o relógio, e tudo o que aparece na barra de notificações pode ser mostrada no Toq.
No dispositivo, as opções de interação – além da leitura – são limitadas. Dispare uma mensagem de uma lista de rascunhos pré-escritos, confirme compromissos no calendário, atenda chamadas telefônicas. Mas não espere nada como ler emails ou entrar na web; a interface é baseada em uma pilha de cartões que você vai descartando um a um. É simples por design e intencionalmente nada parecido com o Android.
Bom para os olhos
O Toq não é monstruosamente grande. Ele é grande, mas é assim para acomodar a sua tela. Não é desajeitado. A pulseira flexível permite que a bateria fique no fecho do dispositivo sem que ele seja apenas uma única enorme pulseira. E suas entranhas são relativamente modestas, com a tela relativamente fina. É elegante da forma que é possível esperar nessa altura do jogo.
Testando
A Qualcomm é conhecida por criar peças que são usadas por outras empresas, mas agora as coisas são diferentes. O Toq tem a intenção de mostrar possibilidades de relógios inteligentes para todas as empresas que pretendem pular no barco, e ele vai ser disponibilizado para o público em quantidades limitadas, com a possibilidade de se tornar mais comum caso caia no gosto do público.
Pudemos testar um pouco o Toq, e como a maior parte dos smartwatches de primeira geração, ele não está ainda na fase de produção em massa. Sua tela capacitiva pode ser um pouco duvidosa de vez em quando, mas se parece bastante com um smartwatch. Um bom relógio, mas ainda com um pouco daquela cara de uma calculadora de pulso.
Ele tem potencial para early-adopters que querem tecnologia vestível mas não se animaram com o Pebble. Se ele poderá moldar o futuro dos smartwatches, é difícil dizer.
Até agora não foi informada a disponibilidade e preço, mas você pode cadastrar seu email no site da Qualcomm para ser notificado quando ele estiver para ser lançado.