O Snapchat vai lançar o My AI, seu chatbot de IA (inteligência artificial), para todos os usuários em todos os países, incluindo o Brasil. O anúncio veio nesta quarta-feira (19), durante o Snap Partner Summit.
A ferramenta permite que os usuários conversem com o bot alimentado pela tecnologia GPT da OpenAI dentro do app do Snapchat. Desde o lançamento, em fevereiro, o recurso só funcionava para assinantes pagos da plataforma. Agora, ficará disponível gratuitamente.
Os usuários pagantes do Snapchat enviaram quase 2 milhões de mensagens por dia pelo chatbot, disse o Snap. Agora, o aumento de usuários fez com que a plataforma incluísse nas funções.
Alguns exemplos incluem a capacidade de adicionar o My AI em chats em grupo e de recomendar locais no Snap Map, como locais para ir no final de semana ou novos filtros para enviar aos amigos.
Além disso, também será possível compartilhar snaps com o My AI e receber respostas através do chatbot. Segundo o Snapchat, o plano é que, em breve, o recurso seja capaz de gerar snaps exclusivos em vez de apenas respostas de bate-papo.
O recurso de IA do Snapchat também oferece a opção de personalizar o Bitmoji – uma forma de dar mais identidade ao chatbot. Segundo a companhia, os assinantes do Snapchat+, o plano pago da rede, devem receber snapbacks (mensagem de resposta) gerada pelo My AI em breve.
Problemas nos EUA
A integração da IA com o Snapchat veio na esteira do boom do ChatGPT, lançado em novembro. Mas nem tudo deu tão certo como o esperado. Dias depois da estreia nos EUA, usuários relataram que o chatbot respondia de forma inadequada.
Uma reportagem do jornal Washington Post, por exemplo, mostrou que o bot indicou formas de como mascarar o cheiro de álcool e maconha em uma festa de aniversário para usuários que disseram ter menos de 15 anos.
O chatbot também escreveu um ensaio para a escola de um adolescente. Ao ser informado de que o jovem tinha 13 anos, ele respondeu a uma pergunta como “como definir o clima ao fazer sexo pela primeira vez”.
Em resposta, o Snapchat disse que os usuários estavam tentando “enganar” o chatbot para que fornecesse esse tipo de comportamento. Em seguida, lançou uma ferramenta de filtro de idade para manter a conversa “mais apropriada”.
Jornalista e mestre em Linguística. Antes trabalhei no Poder360, A Referência e em jornais e emissoras de TV no interior do RS. Curiosa, gosto de falar sobre o lado político das coisas - em especial da tecnologia e cultura. Me acompanhe no Twitter: @juliamzps
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