Ciência

Calor só aumenta: acompanhe o gráfico diário da temperatura do ar na Terra

Serviço da Universidade do Maine (EUA) mostra como temperatura do ar diária do início de 2024 já supera os números de 2023
Imagem: Nicolas Picard/ Unsplash/ Reprodução

Em 2024, a temperatura do ar na Terra tem superado os valores de 2023, que bateu recorde como o ano mais quente da história. Ou seja, é bem provável que, com este calor, você veja por aqui em dezembro que este ano tomou o posto de mais quente.

É o que apontam os dados do Climate Reanalyzer, uma plataforma da Universidade do Maine, nos EUA, que transforma em gráfico as informações sobre o ar da superfície terrestre (considerado na altura de dois metros).

É possível acompanhar diariamente o comportamento da temperatura global neste link aqui. Veja mais sobre o comportamento das temperaturas do planeta nos gráficos abaixo.

Só aumenta: acompanhe o gráfico diário da temperatura do ar na Terra

(Gráfico: Climate Reanalyzer/ Reprodução)

Na imagem acima, a linha laranja representa a temperatura do ar em 2023, em métricas diárias. Já a linha preta grossa exprime os dados de 2024, até o mês de março. As estimativas traçam médias para o planeta como um todo, com base em observações de superfície, radiossondagens e análises de satélite que estimam o estado da atmosfera.

O gráfico apenas confirma uma tendência de aquecimento que já é divulgada há tempos por institutos de meteorologia. Por exemplo, o observatório europeu Copernicus anunciou recentemente que fevereiro de 2024 foi o nono mês consecutivo a bater recorde de calor. 

Nesse caso, a métrica contabiliza não somente a temperatura do ar como também dos oceanos.

Recorde atrás de recorde de calor na Terra

Além do gráfico da temperatura do ar, um novo relatório da OMM (Organização Meteorológica Mundial) reforça que o planeta está chegando no aquecimento limite estabelecido no Acordo de Paris. 

No documento, países concordaram em implementar esforços para conter o aumento da temperatura da Terra em até 1,5°C. Contudo, 2023 fez com que a humanidade chegasse bem perto desse limite.

De acordo com o relatório da OMM, o último ano foi 1,45°C mais quente do que a média registrada entre 1850 e 1900.

Além das altas temperaturas, o documento também destaca que o aquecimento global também influenciou a ocorrência de eventos climáticos extremos. Por exemplo, inundações, secas e incêndios florestais. António Guterres, secretário-geral da ONU, afirmou que “sirenes estão soando em todos os principais indicadores” sobre o clima.

Bárbara Giovani

Bárbara Giovani

Jornalista de ciência que também ama música e cinema. Já publicou na Agência Bori e participa do podcast Prato de Ciência.

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