Solidão e depressão envelhecem mais rápido do que o hábito de fumar

Ser sozinho adicionou 19 meses à idade biológica dos participantes. Quem fumava parecia ser, no geral, 15 meses mais velho
Imagem: Sasha Freemind/Unsplash

Você já se surpreendeu após saber a real idade de alguém? É comum que certas pessoas aparentem ser mais velhas do que de fato são, e isso pode ter a ver com fatores como estresse e tabagismo, por exemplo.

Agora, uma nova pesquisa pretende adicionar mais itens a essa lista. Pessoas deprimidas ou muito sozinhas também podem ganhar uns aninhos a mais na aparência.

O novo levantamento foi feito pela startup Deep Longevity, de Hong Kong em parceria com a Universidade Stanford e a Universidade Chinesa de Hong Kong. Ele sugere que depressão, infelicidade e solidão podem, inclusive, acelerar mais o processo de envelhecimento do que o hábito de fumar.

O grupo de pesquisa desenvolveu um modelo matemático que cria uma fórmula para medir o envelhecimento. Ela adiciona à conta também aspectos psicológicos.

O modelo se baseou em um banco de dados de 4.846 pessoas coletado em 2015. Esse banco entregou, ao todo, 16 variáveis diferentes: as informações coletadas envolviam níveis de colesterol no sangue, pressão arterial, funcionamento dos pulmões e IMC.

O que os cientistas fizeram foi usar o modelo para prever uma idade que considerasse todos esses fatores de saúde parq cada voluntário. Depois, o número previsto foi comparado com a verdadeiro.

O resultado? Em média, a idade calculada variou cerca de 5.7 anos — para mais ou para menos.

Sentir-se infeliz ou ser sozinho adicionava 1.65 anos (19 meses) à idade biológica. Quem fumava parecia ser, no geral, 15 meses mais velho do que quem não fumava.

A moral da história é aquela de sempre: não é que, como diz a música, seja impossível para alguém ser feliz sozinho. Mas, que a solidão dá uma dificultada na tarefa, ah, isso dá. E isso é tão visível que dá pra notar olhando no espelho.

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Guilherme Eler

Guilherme Eler

Editor-assistente do Giz Brasil, são-carlense e vascaíno. Passou pelas redações de Superinteressante, Guia do Estudante e Nexo Jornal.

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