Spotify para iPad: uma olhada no futuro do Spotify e dos apps de música para tablets
Ainda não podemos usar o Spotify a menos que se apele para gambiarras envolvendo proxies, VPN e outras coisas meio gregas a usuários comuns, o foco do serviço. Lá fora, porém, os assinantes premium do serviço foram agraciados com a esperada versão do app para iPad. Ele não parece perfeito, mas traz boas ideias que podem influenciar o app em outras plataformas e até concorrentes, como o Rdio.
Adrian Covert, nosso colega do Giz americano, testou o app do Spotify para iPad e gostou do que viu. Segundo ele, o app é bem desenhado e utiliza o sistema de “páginas em camadas”, bastante comum no tablet da Apple (como o Twitter e o app do Google fazem). Há gestos para controlar a execução e os controles ficam sempre à vista. “Enquanto o app para iPhone é feito para o uso em trânsito, o do iPad foi desenhado para ser usado na sala de estar”, conclui.
Mas nem tudo são flores. Adrian reclamou de uma certa… lentidão nos comando, algo incomum em se tratando de bons apps para iPad, mas não para os do Spotify, historicamente problemáticos. Outro ponto de discórdia é a centralização da experiência em playlists ao invés de álbuns. A forma mais fácil e incentivada pelo app de acessar as músicas desejadas é com a criação de playlists. Álbuns solo? Apele para a busca.
Pelo relato e pelo divertido vídeo acima, o app do Spotify parece mais “vivo” que o do seu concorrente e único do gênero disponível no Brasil, o Rdio. Como usuário do serviço, gosto bastante do app para iPad: é fácil de usar e não me lembro de vê-lo travado ou sem resposta. Entretanto, a interface carece de polimento e soluções mais elegantes. Às vezes as coisas parecem apertadas, o que é um crime para um app de música em uma tela de 9,7″, sem falar que tudo é muito estático e sem vida. Recentemente a versão web do Rdio passou por uma reformulação visual muito bacana; resta torcer para que mudanças nos apps móveis também estejam a caminho.
O iPad é sempre um desafio para desenvolvedores. Ele joga na mesa elementos e formas de interação únicas, e isso pode resultar em experiências fantásticas ou desastrosas. No tocante à música, ainda estamos arranhando a superfície das possibilidades. O app do Spotify parece ir mais longe e, esperamos, ser o primeiro a quebrar paradigmas e explorar com mais profundidade o que o tablet tem a oferecer. [Spotify via Gizmodo US]