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Startup vai lançar satélite para produzir chips no espaço

Combinação da microgravidade e do vácuo do espaço pode permitir aos pesquisadores criar semicondutores e chips mais eficientes

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Imagem: YouTube/Reprodução

Pode parecer coisa de ficção científica, mas a fabricação de materiais no espaço está cada vez mais perto de se tornar uma realidade.  Prova disso é que uma startup do Reino Unido está se preparando para enviar ao espaço um satélite que fabricará novos materiais semicondutores.

Eles poderão ser usados em dispositivos eletrônicos, como chips, na Terra — palavra da startup.

A empresa responsável pela iniciativa, Space Forge, assinou recentemente um acordo de colaboração com a gigante aeroespacial americana Northrop Grumman a produção dos semicondutores.

Porque ir para o espaço para fazer semicondutores?

A principal vantagem da produção desse tipo de tecnologia no espaço é aproveitar a microgravidade. Assim, as empresas poderiam desenvolver materiais semicondutores completamente novos com muito mais eficiência.

Josh Western, CEO da empresa, disse ao portal Space que outra vantagem é que o espaço fornece um vácuo perfeito, necessário para proteger o material sensível de eventuais contaminações. Nas fábricas aqui na Terra, este vácuo tem de ser criado por máquinas industriais.

A combinação da microgravidade e do vácuo do espaço pode permitir aos pesquisadores criar semicondutores que são “10 a 100 vezes mais eficientes do que os que existem na Terra”, completou Western.

A empresa prevê lançar no início de 2024 o ForgeStar-1. O satélite, que é do tamanho de um micro-ondas, tem como seu principal diferencial sua estrutura interna. Ele possui um laboratório químico automatizado em miniatura.

Assim, isso permitirá à equipe misturar remotamente vários compostos químicos e desenvolver novas ligas semicondutoras quando o satélite estiver em órbita.

Além disso, em vez de enviar os materiais de volta ao planeta, o ForgeStar-1 transmitirá digitalmente os resultados destas experiências aos cientistas, uma vez que este satélite não foi projetado para regressar à Terra.

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