Sudeste vira foco principal de casos de zika vírus no Brasil
A região Sudeste do Brasil está vivendo uma alta nos casos de zika vírus. Os estados de São Paulo, Minas Gerais, Rio de Janeiro e Espírito Santo concentram mais da metade do aumento total de casos da doença.
De acordo com dados do Ministério da Saúde, divulgados pela Agência Brasil, os casos de zika vírus apresentaram alta de 20% no primeiro semestre deste ano, em comparação com 2022. Os números apontam que as notificações subiram de 5.910 para 7.093 entre janeiro e a primeira semana de julho.
A Região Sudeste, por exemplo, teve o maior aumento de casos, com percentual de 11,7%.
O mosquito Aedes Aegypti é o principal transmissor do zika vírus. As mulheres grávidas estão no grupo de risco, uma vez que a doença pode gerar complicações neurológicas em bebês, como a microcefalia.
Em 2015, o Brasil declarou o estado de ESPIN (Emergência em Saúde Pública de Importância Nacional) devido ao aumento de nascimentos com microcefalia e sua associação com a infecção pelo vírus Zika.
Sinais e sintomas
A infecção pelo vírus zika pode ser assintomática ou sintomática. Quando sintomática, pode apresentar quadro clínico variável, desde manifestações brandas e autolimitadas até complicações neurológicas e malformações congênitas.
Estudos recentes indicam que mais de 50% dos pacientes infectados por zika tornam-se sintomáticos. O período de incubação da doença varia de 2 a 7 dias. Manifestações mais comuns:
- Febre baixa (38,5 ºC);
- Exantema (geralmente pruriginoso e maculopapular craniocaudal) de início precoce;
- Conjuntivite não purulenta;
- Cefaleia, artralgia, astenia e mialgia;
- Edema periarticular, linfonodomegalia.
Prevenção do zika vírus
Por enquanto, não há vacinas ou terapias específicas para o zika vírus. Portanto, o Ministério da Saúde explica que o controle do vetor é o principal método para a prevenção.
De acordo com a pasta, deve-se reduzir a infestação de mosquitos por meio da eliminação de criadouros. Além disso, deve-se manter os reservatórios de água totalmente cobertos, impedindo o acesso do mosquito Aedes Aegypti.
Por outro lado, profissionais de saúde pública também recomendam medidas de proteção individual para viajantes e residentes em áreas de transmissão. Confira as principais dicas:
- Proteger as áreas do corpo que o mosquito possa picar, com o uso de calças e camisas de mangas compridas;
- Usar repelentes à base de DEET (N-N-dietilmetatoluamida), IR3535 ou de Icaridina nas partes expostas do corpo. Também pode ser aplicado sobre as roupas. O uso deve seguir as indicações do fabricante em relação à faixa etária e à frequência de aplicação.
- Em crianças menores de 2 anos de idade, não é recomendado o uso de repelente sem orientação médica. Para crianças entre 2 e 12 anos, usar concentrações até 10% de DEET, no máximo 3 vezes ao dia;
- A utilização de mosquiteiros sobre a cama, uso de telas em portas e janelas e, quando disponível, ar-condicionado.