Sudeste vira foco principal de casos de zika vírus no Brasil

Mulheres grávidas fazem parte do grupo de risco, já que a infecção pelo zika vírus pode gerar complicações em bebês, como a microcefalia
Sudeste vira foco principal de casos de zika vírus no Brasil
Imagem: Stephen Ausmus/USDA/Flickr/Reprodução

A região Sudeste do Brasil está vivendo uma alta nos casos de zika vírus. Os estados de São Paulo, Minas Gerais, Rio de Janeiro e Espírito Santo concentram mais da metade do aumento total de casos da doença.

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De acordo com dados do Ministério da Saúde, divulgados pela Agência Brasil, os casos de zika vírus apresentaram alta de 20% no primeiro semestre deste ano, em comparação com 2022. Os números apontam que as notificações subiram de 5.910 para 7.093 entre janeiro e a primeira semana de julho.

A Região Sudeste, por exemplo, teve o maior aumento de casos, com percentual de 11,7%.

O mosquito Aedes Aegypti é o principal transmissor do zika vírus. As mulheres grávidas estão no grupo de risco, uma vez que a doença pode gerar complicações neurológicas em bebês, como a microcefalia.

Em 2015, o Brasil declarou o estado de ESPIN (Emergência em Saúde Pública de Importância Nacional) devido ao aumento de nascimentos com microcefalia e sua associação com a infecção pelo vírus Zika.

Saúde recomenda proteger as áreas do corpo que o mosquito possa picar, com o uso de calças e camisas de mangas compridas. Imagem: Ministério da Saúde/Reprodução

Sinais e sintomas

A infecção pelo vírus zika pode ser assintomática ou sintomática. Quando sintomática, pode apresentar quadro clínico variável, desde manifestações brandas e autolimitadas até complicações neurológicas e malformações congênitas.

Estudos recentes indicam que mais de 50% dos pacientes infectados por zika tornam-se sintomáticos. O período de incubação da doença varia de 2 a 7 dias. Manifestações mais comuns:

  • Febre baixa (38,5 ºC);
  • Exantema (geralmente pruriginoso e maculopapular craniocaudal) de início precoce;
  • Conjuntivite não purulenta;
  • Cefaleia, artralgia, astenia e mialgia;
  • Edema periarticular, linfonodomegalia.

Prevenção do zika vírus

Por enquanto, não há vacinas ou terapias específicas para o zika vírus. Portanto, o Ministério da Saúde explica que o controle do vetor é o principal método para a prevenção.

Medidas de proteção individual para evitar picadas de mosquitos também devem ser adotadas. Imagem: Marcos Santos/USP Imagens

De acordo com a pasta, deve-se reduzir a infestação de mosquitos por meio da eliminação de criadouros. Além disso, deve-se manter os reservatórios de água totalmente cobertos, impedindo o acesso do mosquito Aedes Aegypti.

Por outro lado, profissionais de saúde pública também recomendam medidas de proteção individual para viajantes e residentes em áreas de transmissão. Confira as principais dicas:

  • Proteger as áreas do corpo que o mosquito possa picar, com o uso de calças e camisas de mangas compridas;
  • Usar repelentes à base de DEET (N-N-dietilmetatoluamida), IR3535 ou de Icaridina nas partes expostas do corpo. Também pode ser aplicado sobre as roupas. O uso deve seguir as indicações do fabricante em relação à faixa etária e à frequência de aplicação.
  • Em crianças menores de 2 anos de idade, não é recomendado o uso de repelente sem orientação médica. Para crianças entre 2 e 12 anos, usar concentrações até 10% de DEET, no máximo 3 vezes ao dia;
  • A utilização de mosquiteiros sobre a cama, uso de telas em portas e janelas e, quando disponível, ar-condicionado.

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Gabriel Andrade

Gabriel Andrade

Jornalista que cobre ciência, economia e tudo mais. Já passou por veículos como Poder360, Carta Capital e Yahoo.

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