Quem é fã da série de animação “Futurama” já está familiarizado com o conceito de “cabines de suicídio” — no caso, disponíveis nas ruas do ano 3000, e que cobram apenas 25 centavos para realizar o procedimento.
Na vida real, um físico e ativista dos direitos da eutanásia da Austrália vem desenvolvendo há anos algo bem parecido. A ideia, batizada Sarco, consiste em uma cabine de suicídio assistido que daria aos pacientes uma nova opção de morte pacífica, sem a necessidade do uso de drogas controladas.
O inventor da cabine afirma que consultou especialistas da Suíça e que eles disseram que não encontraram problemas jurídicos que dificultariam a legalização do equipamento no país.
Diferentemente da eutanásia, em que uma segunda pessoa precisa administrar a morte, no suicídio assistido o paciente recebe os instrumentos necessários para se matar, sem o auxílio de terceiros.
Na Suíça, o suicídio assistido é regulamentado. Somente no ano passado, mais de 1.300 pessoas tiraram suas próprias vidas legalmente. O procedimento é acompanhado por médicos especializados e disponibilizado para pacientes com doenças terminais graves, sejam elas físicas ou mentais. A morte é indolor e induzida por um comprimido que faz a pessoa entrar em coma profundo, seguido do óbito.
Auto eutanásia
No caso da cabine — na forma de um caixão futurista — a pessoa também pode ter uma morte indolor, na qual ela ativa um sistema que a faz dormir e morrer rapidamente pela supressão do oxigênio e inalação de nitrogênio.
A máquina é impressa em 3D e pode ser rebocada para qualquer local que a pessoa deseja morrer. Em seguida, basta que ela se deite, responda algumas perguntas e aperte o botão para iniciar o procedimento.
Apesar da disponibilidade da máquina, as maiores clínicas de suicídio assistido da Suíça ainda não demonstraram interesse em utilizar a Sarco.