Surpresa: sonda japonesa de cabeça para baixo ressuscita na Lua
Nesta segunda-feira (29), a JAXA (Agência Japonesa de Exploração Aeroespacial) anunciou que a sua sonda SLIM “ressuscitou” na Lua. Os japoneses afirmaram que conseguiram restabelecer comunicação com o módulo e que ele retornou às operações.
O SLIM (Módulo de Pouso Inteligente para Investigar a Lua, na sigla em inglês) teve um pouso difícil na Lua. No último dia 20 de janeiro, devido a falha de um motor, o módulo chegou à superfície em uma posição inclinada. Desse modo, os painéis solares ficaram desalinhados, gerando preocupações sobre se eles receberiam luz solar suficiente para recarregar suas baterias.
Poucas horas após o pouso, com a energia do módulo em 12%, a agência japonesa tomou a difícil decisão de desligar a sonda na Lua. Antes de desligar, a equipe conseguiu baixar dados e imagens valiosos da descida do SLIM e da cratera onde pousou.
Agora, nove dias depois do pouso na Lua, em uma publicação no X, a JAXA, afirmou que a exploração científica recomeçou logo depois da sonda lunar “reviver”.
Communication with SLIM was successfully established last night, and operations resumed! Science observations were immediately started with the MBC, and we obtained first light for the 10-band observation. This figure shows the “toy poodle” observed in the multi-band observation. pic.twitter.com/WYD4NlYDaG
— 小型月着陸実証機SLIM (@SLIM_JAXA) January 29, 2024
Japão na Lua
O pouso do SLIM foi um marco para o Japão, sendo a quinta nação a conseguir executar um pouso suave na Lua. Este grupo inclui apenas Estados Unidos, União Soviética, China e Índia.
O SLIM pousou a apenas 55 metros de seu alvo. Esta precisão foi uma conquista significativa, especialmente comparada à típica faixa de pouso de vários quilômetros.
Além disso, JAXA também anunciou a implantação bem-sucedida de duas pequenas sondas: para perambular pela superfície lunar e enviar imagens de volta à Terra.
Enquanto isso, outros países, incluindo Rússia, China, Coreia do Sul, Emirados Árabes Unidos, além dos EUA, também estão fazendo seus movimentos em direção à exploração lunar.
Aliás, recentemente, a Astrobotic, uma empresa dos EUA, enfrentou um contratempo quando seu módulo lunar Peregrine vazou combustível, se desintegrando na atmosfera da Terra dias depois.