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Tecnologia da vacina da Covid deve ser usada em imunizante contra o câncer

Segundo pesquisadores da BioNTech, uma vacina de mRNA contra o câncer poderá estar disponível até 2030; saiba detalhes

Vacina contra câncer pode ser realidade até 2030

Imagem: Diana Polekhina/Unsplash/Reprodução

Ugur Sahin e Ozlem Tureci: dois nomes que, à primeira vista, podem causar estranhamento. Porém, você com certeza se beneficiou com o que essa dupla criou. O casal é fundador da BioNTech, empresa alemã que fez parceria com a Pfizer para fabricar uma vacina de mRNA contra a Covid-19

Agora, eles estão trabalhando em uma vacina de mRNA contra o câncer, e disseram que ela poderá estar disponível no mercado até o final da década. Por enquanto, o melanoma e o câncer de intestino estão entre os focos dos cientistas. 

Vale lembrar como o imunizante trabalha. Para combater o Sars-CoV-2, por exemplo, a vacina transporta instruções genéticas para as células. Com tais informações, as células conseguem produzir antígenos específicos que mostram ao sistema imunológico quais objetos estranhos eles devem procurar e atacar. 

Para a Covid-19, o antígeno faz parte da proteína spike do vírus, que funciona como chave de entrada nas células. No câncer, os pesquisadores utilizariam um marcador na superfície das células tumorais.

A ideia de usar tais vacinas no combate ao câncer é anterior a pandemia e, inclusive, já havia testes em andamento. Com o Sars-CoV-2, os cientistas tiveram que mudar o foco nos últimos dois anos. Felizmente, houve sucesso em seus estudos e agora podem seguir com os planos originais.

Mas há algumas polêmicas por trás da vacina de mRNA. Além da Pfizer e BioNTech, a empresa Moderna também produziu imunizantes utilizando a mesma tecnologia. Afinal, quem pensou nessa inovação primeiro?

A Moderna está processando a Pfizer por violação de patente, alegando que os principais elementos de sua tecnologia de mRNA foram copiados. Os fundadores da BioNTech, por sua vez, alegam que seu trabalho é original e vem sendo pesquisado há pelo menos 20 anos. Esperamos que as discussões legais não atrapalhem os avanços científicos.

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