A segunda-feira (12) foi de comemoração para cientistas da ESA (Agência Espacial Europeia). Isso porque o telescópio Cheops, lançado em dezembro de 2019, completou mil dias no espaço.
Seu próprio nome já diz muito sobre seu objetivo. Cheops é abreviação para CHaracterizing ExOPlanet Satellite (Satélite de Caracterização de Exoplanetas, em português). Basicamente, o maquinário fica orbitando a Terra enquanto revela detalhes de planetas que estão além do nosso Sistema Solar.
Estima-se que, desde o lançamento do telescópio, mais de 50 artigos científicos com base em seus dados tenham sido publicados ou submetidos para revisão. Pesquisadores de diversas instituições em toda a Europa participaram dos estudos.
Vale revelar o conteúdo de algumas dessas pesquisas:
1- O Cheops detectou, por exemplo, um sistema com seis planetas, dos quais cinco orbitavam uma estrela, dando aos cientistas vislumbres da formação de sistemas planetários.
2- Além disso, o telescópio caracterizou atmosferas extremamente quentes, capazes de evaporar ferro em planetas que estão tão próximos de suas estrelas que são deformados como bolas de rugby pelas imensas forças gravitacionais.
3- Não para por aí. No início deste ano, o Cheops mediu a luz fraca refletida por um planeta localizado a 159 anos-luz de distância da Terra, na constelação de Pégaso. O HD 209458b, como é chamado, é estudado há mais de duas décadas e tal informação nunca havia sido obtida.
O telescópio deve operar até setembro de 2023, embora a ESA esteja trabalhando para estender a duração da missão até o final de 2025. Agora, o Cheops poderá agir em parceria com o James Webb, indicando potenciais alvos para o super telescópio.