
Telescópio Hubble fotografa “fábrica de estrelas” em uma vizinha cósmica
Uma imagem do Telescópio Espacial Hubble divulgada pela NASA este mês capturou NGC 460, um aglomerado aberto de estrelas através de nebulosas — nuvens que gás que funcionam como uma espécie de “fábrica de estrelas”.
A foto foi criada por combinações de seis observações sobrepostas, parte de um estudo do meio interestelar. Ou seja, do gás e da poeira entre as estrelas. O mosaico, com riqueza de detalhes, mostra comprimentos de onda visíveis e infravermelhos.
Aliás, o aglomerado fica em uma região repleta de estrelas e nebulosas da galáxia anã Pequena Nuvem de Magalhães, que orbita a Via Láctea. Próxima e brilhante, ela facilita o estudo de fenômenos de difícil exame em galáxias distantes. Veja a imagem, em detalhes:
Fábrica de estrelas
A pesquisa busca compreender como as forças gravitacionais entre galáxias interagindo podem assim causar explosões e formar estrelas.
De acordo com a NASA, as nuvens de gás e poeira são capazes de originar estrelas conforme partes delas colapsam e sua radiação e ventos estelares moldam e comprimem as nuvens. Além do mais, as nuvens de hidrogênio são ionizadas pela radiação de estrelas próximas, fazendo-as brilharem.
A NGC 460 está em uma das partes mais jovens de seu complexo, que também abriga estrelas mais brilhantes, quentes e massivas. Elas são estrelas do tipo O, que são raras: de um total de mais de 4 bilhões na Via Láctea, apenas cerca de 20 mil são desse tipo.
Os aglomerados abertos, feitos de estrelas unidas pela gravidade, costumam conter corpos celestes jovens que podem migrar com o tempo. Ou seja, as estrelas da NGC 460 podem se dispersar pela Pequena Nuvem de Magalhães.
Em fevereiro, por exemplo, também foi descoberto que a Grande Nuvem de Magalhães, outra galáxia anã, há cerca de 160 mil anos-luz da Terra, pode estar disparando estrelas hipervelozes na direção da nossa galáxia. Leia mais sobre o tema no Giz Brasil.