Ciência

Estrelas Além do Tempo: NASA presta homenagem à matemática negra

Em 1958, Mary Jackson se tornou a primeira mulher negra a ocupar o cargo de engenheira da NASA, o que aparece no epílogo de “Estrelas Além do Tempo”
Imagem: NASA/Reprodução

No filme “Estrelas Além do Tempo”, de 2016, o mundo descobriu a história de três matemáticas negras que trabalharam na NASA durante a corrida espacial.

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As protagonistas Katherine Johnson, Mary Jackson e Dorothy Vaughan trabalhavam como computadores humanos, realizando cálculos matemáticos antes da transição para os computadores eletrônicos.

Na última sexta-feira (6), a NASA prestou uma homenagem a Mary Jackson, destacando seu pioneirismo na NASA com um retrato da matemática que enfrentou os desafios de ser negra nos Estados Unidos dos anos 1960.

Homenagem à Mary Jackson na sede da NASA. Imagem: NASA/Divulgação

De 1979 a 1985, quando se aposentou, Mary Jackson lutou para transformar a NASA, oferecendo oportunidades para minorias qualificadas que seriam descartadas.

“Mary Jackson trabalhou duro para melhorar as condições de contrato e promoção da próxima geração de matemáticas, engenheiras e cientistas da NASA”, escreve a NASA na homenagem do último dia 6.

“Estrelas Além do Tempo” e a história real

A trama de “Estrelas Além do Tempo” começa em 1961, quando os Estados Unidos ainda viviam a política de segregação racial. No filme, as matemáticas trabalhavam em um local conhecido como West Area, do Centro de Pesquisas Langley, que segregava os funcionários com base no gênero e na raça.

Contudo, a West Area chegou ao fim em 1958, quando o Comitê Nacional para Aconselhamento sobre Aeronáutica (NACA) se tornou a NASA, encerrando, também, as repartições segregadas.

Janelle Monáe interpreta Mary Jackson em “Estrelas Além do Tempo”. Imagem: 20th Century Fox/Divulgação

Em “Estrelas Além do Tempo”, a instalação ainda existe e há algumas alterações na história real, mas que não diminuem a importância do trabalho das matemáticas negras na história da NASA.

Por outro lado, a cronologia é importante para entender o papel dessas mulheres na corrida espacial dos anos 1960. Por exemplo, Mary Jackson começou a trabalhar na NASA em 1951, sob a supervisão de Dorothy Vaughan.

Veja o trailer do filme:

Carreira de Mary Jackson

Em 1958, a matemática se tornou a primeira mulher negra a ocupar o cargo de engenheira da NASA, mas a informação só aparece no epílogo de “Estrelas Além do Tempo”.

Em 1961, período em que “Estrelas Além do Tempo” se passa, Mary Jackson realizou testes da cápsula Apollo. O trabalho lhe rendeu o prêmio coletivo Apollo Team Achievement Award, em 1969.

Contudo, outra protagonista do filme, Katherine Johnson, teve um papel maior no Programa Apollo. Mas a carreira de Jackson também foi excepcional para uma mulher negra que começou como matemática em um setor segregado da NASA. 

Como cita a NASA na homenagem à Mary Jackson, 10 anos após a missão Apollo 11, a matemática que se tornou engenheira já tinha o maior cargo no setor.

Porém, foi neste ano, que Mary Jackson decidiu buscar um cargo inferior, chefiando o setor de Especialistas em Oportunidades Igualitárias da NASA.

Mary Jackson morreu em 2005, aos 83 anos. A matemática recebeu várias homenagens póstumas, como em 2021, quando a sede da NASA em Washington passou a se chamar Mary W. Jackson NASA Headquarters.

Aliás, desde 2019, a rua da sede da NASA se chama Hidden Figures Way. O nome homenageia às matemáticas negras, fazendo alusão ao título original de “Estrelas Além do Tempo”.

“Estrelas Além do Tempo” é baseado no livro “Hidden Figures” de 2016 e concorreu ao Oscar de Melhor Filme em 2017. Para conhecer melhor a história de Mary Jackson, “Estrelas Além do Tempo” está disponível no catálogo do Disney+.

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Pablo Nogueira

Pablo Nogueira

Jornalista e mineiro. Já escreveu sobre tecnologia, games e ciência no site Hardware.com.br e outros sites especializados, mas gosta mesmo de falar sobre os Beatles.

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