O telescópio Hubble capturou esta bela imagem de duas galáxias colidindo
O telescópio espacial Hubble, da NASA e Agência Espacial Europeia (ESA, na sigla em inglês), já está na baixa órbita da Terra há quase 28 anos, mas com diversos reparos e atualizações ainda é capaz de nos enviar belíssimas imagens.
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Há alguns dias, a ESA revelou essa imagem capturada com o Hubble de um par de galáxias espirais barradas a quase 350 milhões de anos-luz de distância em um processo de colisão. Os dois núcleos galáticos ainda estão separados por uma grande distância, mas estão espalhando nuvens de gás quente e estrelas de formação média.
De acordo com a publicação no blog da ESA, a galáxia representada no topo tem longas caudas de maré, “longas e extensas faixas de gás, poeira e estrelas”. As regiões que parecem azuis são “viveiros estelares” que ainda estão no processo de geração de novas estrelas.
Esse processo de colisão entre os dois corpos irá levar milhões de anos; essa foto em particular tirada pelo Hubble foi liberada pela primeira vez em 2008, mas a imagem vista acima é uma versão melhorada realizada com a utilização da Advanced Camera for Surveys (ACS) e Wide Field Camera 3 (WFC3).
A agência escreveu que o par de galáxias em fusão foi indexado pela primeira vez há cerca de 52 anos, como parte de um esforço de se concentrar em fenômenos galáticos incomuns:
O Arp 256 foi catalogado por Halton Arp em 1966, como uma das 338 galáxias apresentada no Atlas of Peculiar Galaxies. O objetivo do catálogo era exemplificar as estruturas estranhas e maravilhosas encontradas entre galáxias próximas, para fornecer instantâneos de diferentes estágios da evolução galática. Essas galáxias peculiares são como um experimento natural desenvolvido em uma escala cósmica e ao catalogá-las, astrônomos podem entender melhor os processos físicos que permeiam as galáxias espirais e elípticas para novas formas.
Tais colisões são eventos extraordinariamente poderosos que ajudam a remodelar o terreno galático do universo. De acordo com o Space.com, elas são comuns nesse estágio da evolução do universo e nossa própria galáxia deve colidir com a galáxia vizinha Andromeda daqui mais ou menos quatro bilhões de anos.
No entanto, as distâncias maciças envolvidas significam que corpos estelares como o sol possui poucas probabilidades de colisão. Ainda assim, o sistema solar poderia ser puxado para os subúrbios da galáxia resultante da fusão ou mesmo ejetado. Fora que não é muito aconselhável estar em regiões do espaço próximas a buracos negros supermassivos que se combinam durante o processo de fusões galáticas.
Imagem do topo: NASA/ESA