No dia 18 de dezembro será lançado o telescópio James Webb, que deve ser o principal instrumento para exploração espacial da NASA da próxima década. Desenvolvido desde 2004, o instrumento ótico é o mais poderoso já criado e deve auxiliar a humanidade nos estudos do sistema solar, a observar atmosferas de exoplanetas possivelmente habitáveis e estudar de forma mais profunda cada detalhe do nosso universo.
A NASA afirma que o Webb possui o maior espelho que já construiu, medindo cerca de 6,5 metros, com 18 módulos hexagonais banhados a ouro que medem 1,32 metros. Quanto maior o espelho, mais luz ele é capaz de capturar, no entanto, o tamanho acabou sendo um problema para a NASA, já que o equipamento não caberia em um foguete. A solução foi a criação de uma estrutura dobrável que permite que o telescópio seja transportado.
A concepção da luneta começou a ganhar forma em 1989 e foi pensado para ser o sucessor do Hubble, lançado a mais de 30 anos, contou com mais de 40 milhões de horas de trabalho de engenheiros e outros profissionais.
O telescópio poderá identificar luz infravermelha, luz invisível que possibilita novas descobertas no espaço. Espera-se que com o telescópio James Webb seja possível encontrar respostas para questões como a formação do universo. Cientistas de todo o mundo poderão usar o equipamento para pesquisar diversos elementos do universo, como galáxias, estrelas e buracos negros.
Um dos principais focos do Webb será encontrar planetas próximos a zonas habitáveis de estrelas, uma região onde os planetas teriam a temperatura ideal para ter água líquida e outras condições que possam possibilitar a existência de vida.
Após o lançamento em 18 de dezembro na Guiana Francesa, o telescópio viajará por quase um mês até atingir a órbita pré-estabelecida e se posicionar a 1,6 milhões de quilômetros do planeta Terra. Durante esses dias, o espelho solar será desdobrado e cada etapa do processo será controlada remotamente da Terra. Quando atingir a posição ideal, o James Webb irá passar por um período de testes e calibragens que podem durar até seis meses.
Só depois de tudo isso, as primeiras imagens devem ser divulgadas. Os cientistas estão otimistas que isso possa acontecer já em 2022. Thomas Zurbuchen, integrante da Diretoria de Missões Científicas da NASA, afirmou que “A ciência a ser compartilhada com a comunidade global será inovadora e profunda.”