O Giz Brasil já adiantou: o mês de agosto terá menos chuva do que a média mensal. De acordo com o Climatempo, o mês já começou com níveis de umidade do ar mais baixos do que em julho – igual ou abaixo dos 20%, em alguns estados.
E a baixa umidade deve continuar. Para esta quinta-feira (3), a previsão do Climatempo é de umidade relativa do ar igual ou abaixo de 12% no sul de Mato Grosso e no norte de Mato Grosso do Sul, por exemplo. Já em outras partes do país, podem chegar a 20%.
As coisas melhoram no fim de semana no Sul do Brasil, quando a passagem de uma frente fria deixa áreas de chuva sobre partes da região. O mesmo acontece na segunda-feira (7), com áreas de instabilidade no Mato Grosso do Sul. Mas, no restante do Brasil, o clima seco prevalece.
A presença de uma massa de ar muito seco no interior do país é característica do inverno brasileiro. Além disso, em agosto, os índices de umidade do ar tendem a baixar ainda mais. Afinal, as temperaturas tendem a aumentar em relação ao mês anterior.
Choques estáticos
O tempo seco é responsável pelos choques estáticos, aqueles que acontecem ao encostar em uma pessoa ou objeto. O carro, por exemplo, é um dos principais condutores de energia estática. Os cabelos também sentem o efeito, ficando arrepiados.
O professor de física Alexandre Suman de Araújo explicou ao G1 que “todo material tem átomos e os átomos têm partículas positivas e negativas”. “Quando tem atrito entre dois corpos, tem a retirada de carga de um corpo para o outro”, completa.
Depois de muitos dias sem chover, o efeito da eletricidade de atrito pode ficar ainda mais forte. De acordo com o professor, a umidade do ar ajuda a retirar as cargas em excesso das pessoas. Mas, “no tempo seco, a ausência de gotículas de água no ar faz as cargas se acumularem mais”, facilitando os choques.
Isso porque todos nós temos uma carga elétrica que precisa ser descarregada para equilibrar a eletricidade do corpo. Andar descalço, principalmente na terra, ajuda a descarregar a energia estática.