Ao contrário do que muitos pensam, clima e tempo não são a mesma coisa. Para entender a diferença entre os conceitos, pense sobre os itens do seu guarda-roupa.
As peças de vestuário que você tem guardadas refletem o clima da região onde você reside – ou seja, as condições climáticas, que são registradas ao longo de um grande período. Já as roupas que você escolheu usar no dia de hoje são resultado do tempo, que é uma condição mais efêmera.
Embora estejam intimamente associados, o clima é o que se espera. Já o tempo é o que realmente acontece. Ambos têm relação com as condições atmosféricas de um determinado local e se diferenciam principalmente em relação ao período de tempo considerado.
Segundo o Climatempo, o tempo é o estado atual da atmosfera de um local, que pode mudar de um dia para o outro, ou até mesmo de uma hora para outra.
Por exemplo, quando dizemos “Hoje está chovendo em São Paulo” ou “Amanhã a previsão é de sol e temperaturas amenas” estamos nos referindo ao tempo, que varia de horas, dias a semanas.
O tempo refere-se às condições a curto prazo da baixa atmosfera, como a precipitação, a variação de temperatura, a umidade, a direção e a velocidade do vento e a pressão atmosférica.
Ou seja, falamos do tempo quando dizemos que o dia está ensolarado, nublado, chuvoso, com neblina, frio, calor, vento, tempestade, neve… e a lista continua.
A maior parte dos fenômenos relacionados ao tempo acontecem na parte da atmosfera terrestre que está mais próxima do solo, a troposfera. Como citado, muitos fatores podem alterar a atmosfera numa determinada área. Em conjunto, eles determinam o estado do tempo em um determinado momento e local.
E o clima?
Podemos entender o clima como uma média das condições meteorológicas ao longo do tempo em determinada região, tratando-se de meses, estações do ano e anos.
Mais importante ainda, uma mudança no clima pode levar a mudanças nos padrões meteorológicos. As informações são da NOAA e do Climatempo.
Por exemplo, quando dizemos “O inverno no sudeste do Brasil é seco e o verão chuvoso” ou então “A previsão climática é de que a temperatura do ar fique acima da média no sul em agosto”, estamos nos referindo ao clima.
As condições climáticas variam entre as diferentes regiões do mundo e influenciam os tipos de plantas e animais que nelas vivem. Por exemplo, a floresta amazônica tem um clima tropical. As temperaturas são consistentemente quentes, com elevada umidade, muita precipitação e ausência de estações claramente definidas.
Estas condições estáveis suportam uma diversidade muito elevada de espécies vegetais e animais, muitas das quais não se encontram em nenhum outro lugar do mundo.
Em contrapartida, a Antártida tem um clima polar com temperaturas negativas, ventos muito fortes e algumas das condições mais secas da Terra. Os organismos que vivem lá estão altamente adaptados para sobreviver a este ambiente extremo.
Como tudo isso se transforma em dados climáticos?
Em todo o mundo, pesquisadores e estações automáticas observam e registram as condições meteorológicas em milhares de locais todos os dias do ano.
Algumas observações são feitas de hora a hora, e outras apenas uma vez por dia. Ao longo do tempo, esses registros permitem quantificar as condições médias a longo prazo, que fornecem informações sobre o clima de uma área.
Os cientistas costumam olhar para as condições médias ao longo de 30 anos. Isso leva às “Normais Climatológicas”, que são obtidas pelo cálculo das médias de parâmetros meteorológicos em determinado local durante esse intervalo de tempo.
A análise dessas informações pode ajudar a descrever se os verões são quentes e úmidos e se os invernos são frios e com neve em uma região.
Também nos podem dizer quando podemos esperar o dia mais quente do ano ou o dia mais frio do ano nesse local. Vale ressaltar que, apesar de as descrições do clima de uma zona darem uma ideia do que se pode esperar, elas não fornecem quaisquer detalhes específicos sobre como estará o tempo num determinado dia.
Como ocorrem as mudanças climáticas?
Fenômenos climáticos, como o El Niño, que está afetando o clima terrestre no momento, ocorrem ao longo de vários anos.
As flutuações maiores acontecem ao longo de décadas. Também podem ocorrer alterações climáticas ainda maiores, registradas ao longo de centenas e milhares de anos. A quantidade de radiação solar, a química da atmosfera, as nuvens e a biosfera afetam o clima da Terra.
Atualmente, o clima está mudando drasticamente, fenômeno que batizamos de crise climática. O planeta está aquecendo mais rapidamente do que no passado, conforme comprovado por pesquisadores.
Esse aquecimento está provocando o aumento da temperatura média global da Terra e elevando as temperaturas em todo o mundo, mesmo em locais e períodos atípicos.
Os cientistas indicam eventos meteorológicos mais extremos à medida que o clima da Terra aquece. Um dos principais fatores que contribuem para as alterações climáticas é a atividade humana.
Um grande problema é a queima de combustíveis fósseis, como o carvão, o gás e o petróleo, que utilizamos nos transportes, na produção de energia e na indústria.
A queima desses resíduos libera grandes quantidades de dióxido de carbono (CO2) para a atmosfera. Essa substância é um dos gases do efeito estufa, que permitem que o calor do sol entre na atmosfera, mas impedem-no de sair.
Por que estudamos o clima?
As condições atmosféricas que influenciam o tempo estão sempre mudando, e é por isso que o tempo sempre muda. As previsões meteorológicas são importantes porque o tempo influencia muitos aspectos da vida humana.
Os marinheiros e os pilotos, por exemplo, precisam saber quando se aproxima uma grande tempestade. Os agricultores precisam planejar o tempo para plantar e realizar as colheitas.
Os bombeiros também acompanham o estado do tempo diariamente, de modo a estarem preparados para lidar com potenciais incêndios florestais. As previsões meteorológicas também são úteis para o planejamento de missões militares, para o varejo e para avisar as pessoas de possíveis riscos, como eventos extremos.
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