Teste de analgésico na França deixa um em coma e cinco em estado crítico

Uma droga desenvolvida pela farmacêutica portuguesa Bial fez com que seis pessoas ficassem hospitalizadas — uma delas em coma.

O teste clínico de um analgésico na França deixou uma pessoa em coma e cinco outras em estado crítico. Após o ocorrido, o Ministério da Saúde da França interrompeu os testes do que descreveu como um “sério acidente”.

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Durante a manhã desta sexta-feira, em um comunicado à imprensa, Marisol Touraine (ministra da saúde, direitos das mulheres e assuntos sociais) disse que o “sério acidente” era parte de um teste clínico de uma droga oral desenvolvida por um laboratório europeu.

O experimento estava sendo conduzido em uma instituição privada licenciada para averiguação da segurança e tolerabilidade de uma molécula em particular na saúde de voluntários. O acidente resultou na hospitalização de seis voluntários no Hospital Universitário de Rennes.

Os testes foram suspensos e a farmacêutica portuguesa Bial, responsável pelos testes, está contatando os voluntários para averiguação. Participaram do teste 90 pessoas, ao todo. Dessas, cinco homens estão hospitalizados em condição crítica e uma pessoa está em estado gravíssimo, com possibilidade de sequelas cerebrais permanentes. Ainda não existe um antídoto para os efeitos da droga.

Em um comunicado, a Bial informou que todos os estágios e regulações internacionais foram seguidas durante o teste, e que os efeitos do medicamento só foram registrados nesta quarta-feira (14).

A ministra Marisol Touraine, citada pela BBC, disse que o governo francês vai “fundo na investigação desse acidente trágico”. A defensoria pública francesa começou a investigar o caso.

Testes clínicos são padrão antes de que remédios sejam administrados em pacientes. Ao fazer esse tipo de experimentação, desenvolvedores de drogas podem coletar informações sobre a segurança e eficácia de medicinas. Sem voluntários, seria difícil, para não dizer impossível, trazer novos remédios para o mercado. Dito isso, as farmacêuticas tipicamente não começam os testes de fase 1 (existem três fases) sem que haja um mínimo de segurança — geralmente, antes disso são feitos testes com animais.

[The Verge]

Imagem do topo: Biotrial Lab via ALU Vennais

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