“The Flash” com Ezra Miller estreia, mas poderia entregar mais que o esperado

"The Flash" chega aos cinemas brasileiros nesta quinta (15). O Giz Brasil já assistiu ao longa; veja aqui o que esperar
"The Flash" com Ezra Miller estreia, mas poderia entregar mais que o esperado
Imagem: Divulgação/Warner Bros.

“The Flash” finalmente chegou aos cinemas brasileiros. Após diversas polêmicas envolvendo o protagonista Ezra Miller — que atrasaram a produção –, a história do herói capaz de romper a barreira do tempo estreou nas telonas nesta quinta-feira (15). Antes do lançamento, as primeiras impressões, feitas pela crítica especializada nos EUA, eram boas: muita gente rasgou elogios ao filme da DC.

O Giz Brasil assistiu ao longa e traz o seu veredito: “The Flash” é um filme bom, mas não é tudo isso que andam falando. Pelo menos, tudo isso que  ouvimos falar. Cuidado: daqui para baixo, soltaremos alguns spoilers do novo filme.

A história gira em torno de Barry Allen (Miller) voltando no tempo com o propósito de salvar a mãe e inocentar o pai de um crime que não cometeu. No entanto, ele bagunça toda a linha do tempo, e acaba encontrando outras versões de si próprio, além de heróis como o Batman, Superman e Supergirl

Já estamos calejados de histórias sobre o multiverso e viagem no tempo, então isso não é uma grande novidade. Diferentemente dos outros filmes, “The Flash” traz uma introdução básica sobre as questões que envolvem o espaço-tempo. Então, se você não entende do assunto, se prepare para aprender — com ajuda de uma metáfora bem interessante, diga-se. Além disso, a situação é encarada com muito humor, o que é uma sacada muito boa. 

A história em si é muito bem contada, com Ezra Miller se destacando ao interpretar as diferentes versões do Flash. Além disso, a trama chama atenção pelo elenco de peso, como uma versão do Batman mais velho (Michael Keaton, que viveu o herói em filmes de 1989 e 1991), e Kara, uma nova Supergirl morena, vivida por Sasha Calle – que é a primeira intérprete latina da heroína. Ainda tem o vilão da trama, o General Zod (Michael Shannon), e o homem-morcego de Ben Affleck.

Problemas no CGI

Importante destacar que nostalgia e easter-eggs (referências) não faltam em “The Flash”. Então, se você é fã da DC, trate de prestar atenção em todos os detalhes. A trilha sonora também se encaixa perfeitamente na história.

Só que tudo isso não consegue esconder o problema que é o CGI. Quem é observador vai perceber erros e problemas (alguns gritantes) quando se trata dos efeitos visuais. Faça esse exercício quando for assistir, leitor. Se você não acha o CGI importante, bom, vida que segue.

“The Flash” mostra um homem adulto que não soube lidar bem com a perda da mãe, e faz de tudo para trazê-la de volta. No entanto, ele não entende que com grandes poderes também vem grandes responsabilidades [já dizia o Peter Parker], e pensa mais em si do que no restante do mundo. Assim como em outros filmes da Marvel, que tem a comédia como marca registrada, esse traz situações engraçadas como uma forma de válvula de escape.

Por mais que tenha problemas visuais, “The Flash” abraça a velha guarda dos heróis trazendo até uma versão do Superman de Nicolas Cage, e faz uma abertura perfeita para o novo universo da DC de James Gunn e Peter Safran. O filme entrega tudo aquilo que já havia prometido: ação, aventura, comédia, e abre espaço para um futuro que tem tudo para encontrar sucesso. Há espaço também para reflexões importantes sobre passado, presente e futuro, e merece ser visto na tela grande. 

Por mais que Ezra Miller tenha se envolvido em diversas polêmicas, em certo momento é possível até esquecer tudo o que ele já se meteu. O maior acerto dessa produção é não deixar a trama familiar de lado, o que foi o começo de toda viagem no tempo.

Importante: nada de sair correndo da sala de cinema, tem uma cena pós-crédito importantíssima. Bom filme!

Relembre o trailer de “The Flash”: 

Rayane Moura

Rayane Moura

Rayane Moura, 26 anos, jornalista que escreve sobre cultura e temas relacionados. Fã da Marvel, já passou pela KondZilla, além de ter textos publicados em vários veículos, como Folha de São Paulo, UOL, Revista AzMina, Ponte Jornalismo, entre outros. Gosta também de falar sobre questões sociais, e dar voz para aqueles que não tem

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