O CEO do Instagram, Adam Mosseri, anunciou que o Threads, microblog inspirado no X/Twitter, terá um programa de verificação de fatos em breve. Esse é mais um esforço para aprimorar a moderação de conteúdo na plataforma, que até o momento não conta com um sistema próprio de checagem de informações.
Atualmente, a rede social dispõe de um modelo que combina os métodos de verificação de Facebook e Instagram. Com isso, quando um conteúdo é classificado como falso nestas duas plataformas, eles também recebem o mesmo rótulo no Threads.
Mas agora, a rede social terá um programa mais completo de checagem de informações. “Nosso objetivo é que os parceiros de verificação de fatos tenham a capacidade de revisar e avaliar informações incorretas no aplicativo”, afirmou Mosseri.
O novo sistema de verificação inclui a atuação de parceiros, que não foram especificados. Contudo, a ideia é aumentar a eficiência da checagem e atingir uma maior capacidade de verificação de conteúdo. O movimento da Meta é importante também para sinalizar aos anunciantes que a empresa está comprometida em tornar a plataforma mais segura e com menor circulação de conteúdo nocivo.
Desinformação nas redes sociais afeta a política
A novidade entrará em vigor já no início de 2024, ano de eleições presidenciais nos Estados Unidos. Nos últimos dois pleitos no país, as redes sociais receberam enxurradas de desinformação e teorias da conspiração, que resultaram em incidentes fora das redes.
Em outros países, incluindo o Brasil, por exemplo, os períodos eleitorais têm sido bastante complicados para os controladores de mídias sociais. Em 2022, ano em que ocorreram as últimas eleições para a presidência da república, o WhatsApp chegou a atrasar o lançamento das “comunidades” no app para evitar se tornar um vetor de desinformação e conteúdo antidemocrático.
Além de implicações no cenário político, a desinformação também causou um enorme prejuízo durante a pandemia de Covid-19. Até hoje, aliás, algumas teorias conspiratórias a respeito da origem do vírus e sobre a produção das vacinas seguem fortes e circulando livremente pela internet.