Tim Cook, CEO da Apple, fala sobre Steve Jobs, a possível iTV e Google Glasses
Na noite passada, na conferência D10 do AllThingsD, Tim Cook conversou com Kara Swisher e Walt Mossberg, editores co-executivos do AllThingsD que escrevem sobre tecnologia no Wall Street Journal. Esta foi apenas a segunda entrevista pública do CEO da Apple, e ele teve muito a dizer.
Eis citações de Cook que escolhemos – via AllThingsD e 9to5Mac – sobre tópicos como guerras de patentes, Siri, Foxconn, óculos do Google e tudo o mais.
Sobre Steve Jobs:
“Foi absolutamente o dia mais triste da minha vida quando ele se foi.”
“Steve foi um gênio e um visionário… Ele é uma pessoa insubstituível. Steve era original, e eu não acho que haja outros como ele sendo feitos. Eu nunca senti o peso de tentar ser Steve. Não é quem eu sou, e não é meu objetivo de vida.”
Sobre a Foxconn:
“Algumas pessoas querem trabalhar muito. Eles querem se mudar e trabalhar por um ano ou dois e então voltar para sua vila e trazer o máximo de dinheiro que puderem.” (sobre a dificuldade de reduzir hora extra para os funcionários)
“A Apple agora tem 95% de compliance e está monitorando 700.000 funcionários na China. Eu não sei de mais ninguém que esteja fazendo isto… Estamos gerenciando isto muito de perto.”
Sobre a possível iTV:
“Nós não somos uma empresa que faz hobby, como você sabe.”
“Não é uma quinta perna de um banquinho. Não tem o mesmo tamanho de mercado que o negócio de celulares, ou de Macs, ou de música ou de tablets.” (sobre a Apple TV)
“Esta é uma área de interesse intenso para nós. Vamos continuar a seguir este fio e ver até onde ele nos leva.”
Sobre Hollywood:
“Nós temos relações muito boas com os donos de conteúdo. Nós não queremos que as coisas deles sejam copiadas.”
“Estes caras compram Macs desde sempre. Há um nível de confiança nessas relações. Steve nos deixou ainda mais próximos porque também foi dono de uma empresa de conteúdo [Pixar] por algum tempo.”
Sobre seu cargo de CEO:
“Eu passo meus dias trabalhando com equipes em vários produtos… É meu oxigênio, é com esta força que penso sobre isto.”
Sobre seus objetivos:
“Eu só quero criar produtos ótimos.”
Sobre sua inspiração:
“Se você entrasse no meu escritório, você veria Bobby Kennedy e Martin Luther King. Se você está falando sobre CEOs que ainda estão vivos… Eu tenho um incrível respeito por Bob Iger e o que ele fez na Disney.”
Sobre a guerra de patentes atrapalhando a inovação:
“Bem, é um pé no saco.” A Apple não pode criar uma pintura e ver outra pessoa assinar o nome.
“Nós só queremos que outras pessoas inventem suas próprias coisas.”
Sobre empresas que processam a Apple por patentes: “Há uma diferença. A vasta maioria desses são de patentes essenciais [de telefonia]… Esta é uma área onde o sistema de patentes hoje não funciona.”
Sobre a Siri:
“A Siri provou para nós que as pessoas querem se relacionar com o celular de uma forma diferente.”
“O que torna a Siri legal é que ela tem uma personalidade.”
“Eu acho que vocês vão ficar bem satisfeitos com a direção à qual levaremos a Siri.”
Sobre computação para vestir e os óculos do Google:
“Para vestir, eu tenho uma Nike Fuel Band. Eu acho que há algumas coisas legais que podem ser feitas. Eu acho que é uma área interessante. A pergunta é, ela consegue mudar o comportamento de alguém? Nós ainda não sabemos.”
Sobre o Ping e o interesse da Apple em se tornar uma parte do mundo de redes sociais:
“A Apple não precisa ter uma rede social, mas a Apple precisa ser social? Sim.”
“Nós experimentamos o Ping e acho que o consumidor decidiu e disse: isto não é algo a qual eu quero me dedicar muito.”
Sobre o mercado competitivo de smartphones:
“Eu não diria que dominamos, eu diria que temos o melhor celular.”
Sobre fabricantes de Android focarem em menos produtos: “De onde será que eles tiraram essa ideia…”
Sobre a cultura de segredo da Apple:
“Nós vamos investir ainda mais em segredo de produtos. Mas, em outras coisas – responsabilidade de fornecedores, questões ambientais etc. – a Apple será a empresa mais transparente.”