Após as Olimpíadas no Rio de Janeiro e aquele encerramento sensacional com o primeiro-ministro do Japão, Shinzo Abe, saindo do cano vestido como Super Mario, todos os olhos se voltaram para os próximos jogos em 2020. Temos ainda um ano pela frente, mas o país asiático já mostra o tipo de legado que deve deixar.
Em 2016, o comitê revelou seus planos de produz 5.000 medalhas apenas com produtos reciclados. Agora o Japão diz que está muito próximo de atingir a meta, graças ao apoio de cidadãos e empresas.
O país já coletou 48 toneladas de lixo eletrônico, dentro deste montante tem mais de 5 milhões de smartphones — apenas o ouro e prata contidos nesses aparelhos correspondem a 16% e 22%, respectivamente, da oferta global dos materiais.
Toda esta quantidade de lixo foi recolhida pelos prefeituras japonesas e os milhões de smartphones foram entregues por consumidores nas lojas da operadora NTT Docomo.
De acordo com o Verge, a meta do comitê de juntar 2.700 kg de cobre (material usado para fazer a medalha de bronze) foi alcançada em junho do ano passado. Por enquanto, a meta de ouro está em 93,7% (a quantidade que eles querem alcançar é 30,3 kg), enquanto a meta de prata está em 85,4% (a quantia necessária é de 4.100 kg).
Não está muito longe do comitê organizador alcançar as metas, mas baseado no tanto de lixo eletrônico que já foi coletado, é bem capaz que eles alcancem isso até 31 de março, quando acaba o período de coleta. A ideia é que os modelos das medalhas tanto das Olimpíadas como das Paralimpíadas sejam reveladas agora no meio do ano.
Para não ser completamente injusto com as Olimpíadas do Rio, cerca de 30% das medalhas de bronze e prata foram feitas com material reciclado. No entanto, o Japão deve ficar marcado como o primeiro país a sediar os jogos e ter medalhas 100% feitas de itens reciclados.