Um tratamento contra o câncer que era considerado inovador e estava sendo usado desde 2017 pode, justamente, causar câncer. O alerta é da Food and Drug Administration (FDA), o órgão nos Estados Unidos que é equivalente à Anvisa no Brasil.
O tratamento, denominado CAR-T, foi aprovado pela primeira vez em novembro de 2017 para leucemia potencialmente fatal. Mas, de acordo com a FDA, o órgão de saúde recebeu 19 relatos de novos tipos de câncer no sangue em pacientes que receberam o tratamento.
CAR-T funciona da seguinte forma: o tratamento envolve a remoção de um tipo de glóbulo branco – células T – do sangue de um paciente com câncer.
Em seguida, engenharia genética é usada para produzir proteínas – receptores de antígenos quiméricos (CAR) – que permitem que as células T se liguem às células cancerígenas e as matem. As células projetadas são então colocadas de volta no sangue do paciente.
A FDA não descreveu os resultados da sua investigação, mas disse que estava “avaliando a necessidade de ação regulatória”.
Benefícios superam os riscos de câncer
Apesar do alerta da FDA, especialistas em câncer disseram ao NYTimes que os tratamentos salvaram a vida de milhares de pacientes com câncer no sangue.
Mesmo que exista uma ligação entre os tratamentos e um pequeno risco de um novo cancro no sangue, disseram os reguladores na terça-feira, os benefícios do tratamento superam os riscos. Esse sentimento foi ecoado pelos médicos envolvidos no tratamento do câncer.
Embora o risco hipotético fosse conhecido, “não o observamos” em pacientes, disse a Marcela V. Maus, diretora de imunoterapia celular do Massachusetts General Hospital.
fique por dentro das novidades giz
Inscreva-se agora para receber em primeira mão todas as notícias sobre tecnologia, ciência e cultura, reviews e comparativos exclusivos de produtos, além de descontos imperdíveis em ofertas exclusivas
