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TSE estuda banir Telegram no Brasil para combater fake news nas eleições

Ao contrário de seu concorrente direto, o WhatsApp, que limita em 256 o número de participantes em um grupo, o Telegram permite criar canais com até 200 mil pessoas - o que favorece o espalhamento de desinformação

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Unsplash / reprodução

Com o objetivo de diminuir a disseminação de fake news pelo Telegram, o presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), Luís Roberto Barroso, está estudando uma forma de banir o aplicativo do Brasil durante as eleições deste ano. A medida passou a ser considerada após diversas tentativas sem sucesso de contatar os representantes da plataforma de mensagens.

Em dezembro do ano passado, o presidente do TSE enviou um ofício ao diretor-executivo do aplicativo de mensagens Telegram, Pavel Durov, solicitando uma reunião para discutir possíveis formas de cooperação sobre o combate à desinformação.

No documento, o ministro ressaltou que o Telegram é um aplicativo de mensagens de rápido crescimento no Brasil, presente em 53% de todos smartphones ativos disponíveis no país. Entretanto, a rede social não forneceu respostas.

Segundo o jornal Valor Econômico, Barroso tem discutido como tratar a questão com os próximos presidente e vice-presidente do TSE, Edson Fachin e Alexandre de Moraes, em busca de coordenar esforços para a decisão.

De acordo com fontes do Tribunal Eleitoral, até o momento, foram enviados dois e-mails e um documento físico à sede da empresa, localizada nos Emirados Árabes. Nos registros dos Correios, porém, acusam que as quatro tentativas de entrega foram negativas.

Visando diminuir o problema das noticias falsas e desinformação, o TSE vem buscando maneiras de agir junto com as redes sociais. O Tribunal já conseguiu travar diálogos com Facebook, Instagram, Twitter e WhatsApp para estabelecer medidas conjuntas com o objetivo de aliviar os estragos causados pelas fake news.

Ao contrário de seu concorrente direto, o WhatsApp, que limita o número de participantes de grupos a 256, o Telegram permite criar canais com até 200 mil pessoas — o que é um terreno fértil para a disseminação de conteúdos falsos. A expectativa, agora, é que o ministro reúna a Corte para decidir quais serão as providências em relação ao aplicativo.

 

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