Twitter deve quase R$ 2,5 bi em indenizações para ex-funcionários; entenda
O Twitter está sendo acusado de dar um calote milionário em ex-funcionários cortados em processos de demissão em massa. Os valores giram em torno de US$ 500 milhões, o que dá quase R$ 2,5 bilhões em conversão direta, e dizem respeito às indenizações que deveriam ser pagas aos trabalhadores.
Após assumir o microblog, em outubro do ano passado, Elon Musk promoveu demissões que diminuíram consideravelmente o quadro de funcionários da empresa. Atualmente, estima-se que aproximadamente 6.000 pessoas tenham sido dispensadas de seus postos de trabalho após a chegada do bilionário.
Agora, Musk é alvo de uma ação coletiva que o acusa de ter optado por não pagar os ex-funcionários intencionalmente, mesmo tendo plena ciência dos valores e das implicações jurídicas que o não pagamento poderia encadear. Courtney McMillian, ex-chefe de RH da empresa, afirmou que o proprietário recuou conscientemente após ver o impacto financeiro das demissões.
O acordo de indenização estabelecia o pagamento de dois meses de salário somado a outras compensações financeiras. Para funcionários de alto escalão, a compensação prevista era de seis meses de remuneração, mas o acordo não foi cumprido.
As demissões em massa na plataforma foram uma das várias controvérsias de Elon Musk como CEO do Twitter. Além dos cortes de pessoal, o bilionário tentou instituir um regime de trabalho “hardcore” nos escritórios da empresa e convidou todos que não aderissem ao conceito a deixarem seus postos de trabalho.
Mesmo os funcionários que aderiram ao regime mais intenso, e que chegaram até mesmo a dormir nos escritórios, não foram poupados e acabaram demitidos pouco depois. Isso gerou uma onda de trabalhadores insatisfeitos que agora movem ações judiciais contra a rede do pássaro azul em busca de seus direitos.