Norte-americanos costumam conceituar “velho” em termos muito recentes. A decadência das cidades europeias recebe muito menos atenção – mas isso porque ela é mais onipresente. O fotógrafo francês que se descreve como “explorador urbano” chamado Thomas Jorion fez uma carreira ao procurar e fotografar esses espaços menos conhecidos – de um monumento búlgaro em gelo ao silo de armazenamento de gás visto acima.
Aos 37 anos, Jorion estudou direito, mas abandonou seu emprego de advogado para perseguir o sonho de ser um fotógrafo em tempo integral. Trabalhando com uma câmera de grande formato, ele fotografa lugares abandonados quase que exclusivamente – procura cenários industriais, em particular. No prefácio de seu livro, Timeless Islands (PDF), ele explica:
Fábricas têxteis gigantes no norte da Itália desapareceram completamente, mesmo as vilas dos trabalhadores industriais foram abandonadas e deixadas para apodrecer. Vinte anos após a reunificação estes cenários podem ser vistos na Alemanha, onde fábricas se tornaram completamente inadequadas para a economia global e regiões inteiras se tornaram desertas devido à migração.
As fotografias resultantes mostram empresas químicas na Alemanha, fábricas de papel na Itália e mansões das famílias que as comandavam. Jorion também se aventurou em construções políticas. O Monumento Buzdludzha, por exemplo, construído no topo de uma montanha para comemorar o golpe de 1891 do herói socialista Dimitar Blagoev:
Hoje, Buzludzha está coberto de gelo e neve. É difícil imaginar a mesma coisa acontecendo com um monumento norte-americano – mas, novamente, os EUA é um país muito mais jovem do que muitos europeus. Confira mais das fotos de Jorion a seguir: [Thomas Jorion]
Quadra de basquete em base militar em Brandenburgo, na Alemanha (2010)
Depósito de vinho na Alta Normandia, na França (2010)
Sala de estar da Villa Livorno na Itália (2010)
Parque industrial na Lombardia, Itália (2009)
Fábrica de papel na Itália (2010)
Fábrica de carpete na Alemanha (2008)
Déjà vu (2011)
Antecâmara (2011)