Mais voos estão sendo cancelados por causa dos problemas envolvendo os Boeing 737 Max, que continuam sem voar devido à revisão de uma atualização de software. A United Airlines anunciou recentemente mais outra revisão em seu cronograma para as aeronaves voltarem a operar.
Um porta-voz da companhia disse que os cancelamentos se estenderão até 3 de novembro, acrescentando que as mudanças afetarão dezenas de voos por dia. As mudanças vão impactar aproximadamente 2.100 voos durante o mês de setembro e cerca de 2.900 voos apenas em outubro, segundo a empresa.
“Continuamos a trabalhar no cronograma para tentar trocar e aumentar as aeronaves para mitigar a interrupção causada pelos 737 Max”, disse a companhia em um comunicado. “Continuamos a registrar automaticamente clientes afetados em voos alternativos. Se não conseguirmos colocá-los em um voo diferente, entraremos em contato proativamente para oferecer outras opções”.
Um porta-voz da Southwest Airlines disse em um comunicado por e-mail que a companhia não tinha planos de estender cancelamentos após a data anunciada anteriormente (no caso 1º de outubro). As mudanças no cronograma de voos foram anunciadas no mês passado, quando a empresa informou em comunicado que os cancelamentos “removerão proativamente 150 voos diários de nossa programação de um total de 4.000 voos diários em dias de pico”.
Já a American Airlines, que tinha anunciado cancelamentos até 3 de setembro, disse em um e-mail que a empresa não tem novidades para compartilhar sobre o assunto. Eles disseram em um comunicado em junho que “se mantêm confiantes que as atualizações de software do Boeing 737 Max, junto com os novos elementos de treinamento que a Boeing está trabalhando, levarão à certificação da aeronave em breve”.
O Boeing 737 Max foi suspenso em março após dois acidentes que mataram um total de 346 pessoas. A FAA (Federal Aviation Administration) anunciou no mês passado que durante sua análise da atualização de software da Boeing que identificou “um risco potencial que a Boeing deve mitigar”, adicionando que “voaremos com as aeronaves assim que considerarmos que é seguro fazê-lo”.
No Brasil, a Gol é uma das operadoras que contam com as aeronaves. Eles informaram que realizou quase 3.000 voos com o Boeing 737 Max entre junho de 2018 e março deste ano. A partir do dia 11 de março, a companhia suspendeu temporariamente as aeronaves após os incidentes. A companhia não deu uma data para suspensão, apenas informou que as aeronaves estão no centro de manutenção em Confins (MG).
Por ora, a aérea diz que “reitera a confiança na segurança de suas operações e na Boeing, parceira exclusiva desde o início da companhia em 2001, e esclarece que está acompanhando de forma intensiva todos os fatos, que permitam o retorno das aeronaves às operações regulares da companhia”.
A Boeing disse em um comunicado que “concorda com a decisão da FAA e está trabalhando nas correções necessárias de software”.
Atualizado às 20h29 com o posicionamento da Gol