Usuários da nova linha Galaxy S23, da Samsung, notaram que o sistema Android dos seus aparelhos está ocupando cerca de 60 GB da memória. Para quem adquiriu um celular com 128 GB, por exemplo, isso significa que metade do espaço disponível é reservado apenas ao sistema.
Na prática, o sistema dos novos smartphones da Samsung usa quatro vezes mais espaço de partição do que o sistema Android. O Pixel 7 Pro – que ocupa apenas 15 GB. Não apenas isso, mas o sistema desenvolvido pela Samsung é duas vezes o tamanho da instalação do Windows 11.
O motivo de os aparelhos terem um sistema tão pesado tem várias explicações. A primeira delas, segundo apontou o site Ars Technica, é que a Samsung tem uma equipe de desenvolvimento ruim, produzindo códigos de baixa qualidade, inclusive com várias falhas de segurança.
Apesar de o Google se esforçar para criar um sistema operacional mais enxuto, a Samsung acaba modificando tudo no Android dos seus aparelhos. É como se a empresa quisesse dar a impressão que o seu ecossistema não lembra em nada o do Google, o que inclui a prática (ruim) de clonar aplicativos.
Contratualmente, a Samsung é obrigada a incluir os aplicativos do Google no sistema. O resultado disso são smartphones com duas lojas de aplicativos, dois navegadores, dois aplicativos de teclado, e assim por diante. E, para a aflição dos usuários, todos eles são instalados de fábrica, com muitos deles não sendo removíveis.
Para piorar a situação, plataformas, serviços e operadoras compram espaço na partição, para que seus aplicativos já sejam pré-instalados, inclusive com permissões de sistema mais intrusivas do que as concedidas pelas lojas de aplicativos. É o caso do Facebook, Netflix, Microsoft Office, Spotify, Linkedin, entre outros.
Vale ressaltar que os novos aparelhos Galaxy S23 foram lançados há apenas uma semana, e esses 60 GB ainda não incluem as costumeiras e periódicas atualizações de software de segurança, comuns durante toda a vida útil dos aparelhos.
Por isso, ao comprar os novos celulares da Samsung, a recomendação é investir um pouco mais e comprar uma versão com maior armazenamento interno.
Hemerson é editor e repórter, escrevendo sobre espaço, tecnologia e, às vezes, sobre outros temas da cultura nerd. Grande entusiasta da astronomia, também é interessado em exploração espacial e fã de Star Trek.
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