_Ciência

Vai ter El Niño em 2024? Veja até quando o fenômeno continua, segundo cientistas

Confira em números, a probabilidade de permanência do El Niño em 2024 e a intensidade do fenômeno climático, segundo dados da Administração Oceânica e Atmosférica Nacional (EUA)

Pico do El Niño pode ser no verão de 2024, diz previsão

A Administração Oceânica e Atmosférica Nacional (NOAA), junto com seu Serviço Meteorológico Nacional e instituições financiadas, dos EUA, têm uma nova previsão sobre o El Niño. O fenômeno tem 62% de probabilidade de continuar até abril ou junho de 2024.

Como você já viu no Giz Brasil, há chances de que sua intensidade seja considerada forte. Alguns indicativos disso são as temperaturas da superfície do mar acima da média em todo o Oceano Pacífico equatorial, com anomalias aumentando no Pacífico central e centro-leste no mês passado.

Até setembro, o aumento da temperatura das águas do Oceano Pacífico havia subido cerca de 1,0ºC, na faixa moderada do El Niño (+1,0ºC a +1,4ºC). No entanto, até a última quinta-feira (9), os valores semanais já eram de mais de 1,4°C. De acordo com o NOAA, as anomalias estão associadas ao início de uma onda Kelvin oceânica descendente, que aumentou as temperaturas no Pacífico equatorial central.

Além disso, anomalias de vento de baixo nível ocorreram no oeste no Pacífico centro-leste, enquanto anomalias de vento de nível superior aconteceram no leste no Pacífico ocidental e central. Durante o período de El Niño, os ventos alísios sopram com uma intensidade menor do que o normal.

El Niño com forte intensidade

Previsões recentes ainda indicam sugerem mais de 55% de probabilidade de um El Niño “forte” (≥ 1,5°C) entre janeiro e março de 2024. Além disso, há 35% de probabilidade de o evento tornar-se “historicamente forte” (≥ 2,0°C) deste mês até janeiro.

O fortalecimento do El Niño também aumenta o risco de impacto ambiental relacionado ao fenômeno, ainda que não necessariamente forte. O evento provoca o aquecimento das águas superficiais do Pacífico Tropical e a alteração do regime de chuvas e padrão de temperatura no Brasil e no mundo. Veja como ele pode estar influenciando na seca na Amazônia.

Sair da versão mobile