A Tesla anunciou no domingo (13) que vai ajudar as autoridades chinesas a investigar o que causou o acidente com o modelo automático na cidade de Guangdong, na costa sul da China, no último dia 5. Duas pessoas morreram e três ficaram feridas.
Imagens de videomonitoramento mostram que o carro da Tesla tenta estacionar, mas acaba acelerando no que parece ser uma via urbana. Ele desviou de outros veículos em alta velocidade e só parou quando colidiu em uma vitrine.
Nas imagens (atenção: conteúdo sensível) é possível ver que o automóvel faz 2,6 quilômetros em menos de 30 segundos. Isso indica que o veículo ultrapassou os 300 km/h.
Segundo informações do jornal chinês Global Times, um familiar do condutor disse que o motorista não conseguiu estacionar ao acionar o botão de estacionamento ou pressionar o pedal do freio. O homem de 55 anos está entre os feridos.
Depois disso, o veículo começou a acelerar repentinamente. Nos testes, a polícia chinesa descartou a possibilidade do motorista estar embriagado ou sob efeito de drogas. Entre os mortos estão o condutor de uma moto e um estudante que circulava pelo local de bicicleta.
O que diz a Tesla
Em comunicado à agência Reuters, a Tesla diz que seus registros mostram que o veículo não acionou o pedal do freio, mas sim o acelerador durante a maior parte do acidente. No vídeo, é possível ver que as luzes do freio só acenderam 23 segundos depois que o carro começou a acelerar.
A companhia de Elon Musk alertou contra “rumores” e disse que chamará o motorista envolvido no acidente judicialmente para se desculpar e compensar a empresa. Segundo a empresa, o condutor disse à mídia que os freios eram “inconsistentes”, o que “prejudicou a reputação da Tesla”.
Essa não é a primeira reclamação sobre a falta de freios dos carros da Tesla na China. Motoristas do país, que é o segundo maior mercado da companhia, já protestaram contra o tratamento da empresa às reclamações de freios com defeitos.