Veja oito bizarrices que surgiram em dois séculos de tecnologia estética
Os seres humanos têm ansiado por essa ardilosa característica conhecida como “beleza” desde muito antes dos milagres da medicina moderna. Inventores estão sempre aparecendo com ferramentas que tentam ajudar homens e mulheres a alcançar os sempre intangíveis ideais de estética de sua época. Cobaias ansiosas foram ligadas a dispositivos que pareciam máquinas de tortura, ou usaram produtos que continham veneno. Mas de uma coisa nós temos certeza: em termos de resultados, essas pessoas quase sempre acabaram desapontadas.
Ainda que esses troços ridículos sirvam para despertar risadas, nossos equipamentos estéticos modernos provam que não somos menos inocentes que nossos antepassados.
O rosto perfeito
Mulheres das eras vitoriana e eduardiana usavam espartilhos elaborados e saias amplas para esconder e controlar seus corpos, então toda dama que se prezasse parecia ter a tão sonhada cintura de vespa. Como as roupas da época faziam com que todo o corpo ficasse bem coberto, apenas o rosto revelava a beleza natural de alguém. E para ser considerada realmente bela, uma mulher precisava ter a pele pálida, sem manchas, macia e suave.
Naturalmente, os inventores trabalhavam duro desenvolvendo produtos para proteger e restaurar a pele perfeita e jovem. Em 1889, Margaret Kroesen começou a se preocupar porque sua filha Alice, uma pianista, estava desenvolvendo linhas de expressão, e essas malditas rugas poderiam prejudicar a carreira da garota nos palcos. De acordo com o site da companhia, a Kroesen mais velha criou um produto chamado Wrinkle Eradicators (Erradicadores de Rugas, hoje conhecido como Frownies), que consistem em tiras de papel revestidas com um adesivo vegetal.
O Frownies teve tanto sucesso em bombardear o Google com o produto, feito até hoje, que é impossível achar uma resenha objetiva dele. Mas o site da companhia insiste que a tira, supostamente um “segredo de Hollywood”, funciona “aplicando os conceitos básicos de fitness aos músculos da face”. Ouviu isso? Seu rosto também precisa ir à academia.
Enquanto isso, os vitorianos acreditavam que vibrações podiam curar tudo, de constipação à dor de cabeça, passando por aquilo que eles chamavam de “histeria feminina”. Então não é surpresa que tenha existido o Fitzgerald Star Vibrator, como o visto nessa propaganda de 1921 da revista Hearst’s International. Dizia-se que o aparelho combatia a flacidez e o amarelamento da pele, além de manter os músculos firmes e saudáveis.
O Modern Mechanix descobriu muitos outros apetrechos de beleza perturbadores dos anos de 1930 e 40, incluindo o suporte metálico de Isabella Gilbert, que prometia escavar adoráveis covinhas em seu rosto, além de fazer um procedimento à vácuo que prometia puxar as rugas pra fora da sua pele. O Glamour Bonnet, que seu inventor Dr. D.M. Ackerman declarava melhorar a cútis ao reduzir a pressão de ar em torno dela, parecia mais com o equivalente a botar um saco plástico na cabeça.
Um corpo atraente
Os vendedores ambulantes também ofereciam ideias para conseguir seios grandes. Por que não inflá-los como balões? A única coisa necessária era aumentar sua capacidade respiratória, já que os pulmões ficam logo atrás dos seios, certo? Pelo menos era isso que sugeria a propaganda do Breathing Balloon and Psycho-Expander. Se não funcionasse, sempre haveria o Star Vibrator.
Cabelos sensuais
Quando falamos de estilos de cabelo, o consenso da moda sobre qual tipo de cabelo é mais bonito varia muito entre cacheados e lisos. É por isso que você tem mulheres enrolando os cabelos em latas de Coca em uma década e na década seguinte elas já estão alisando as mechas com ferros de passar roupa. Em 1934, a Icall lançou essa maravilhosa máquina de fazer permanente. Quem teria coragem de ficar debaixo de um negócio desses?
Hoje
Mas nada disso é tão divertido quanto os equipamentos de beleza vendidos nas madrugadas da TV. A bizarrice mais hilária é a máscara facial Rejuvenique, lançada em 1999 por Linda Evans, estrela de Dinastia. A máscara vibratória, projetada para exercitar os músculos do seu rosto, lembra demais Michael Myers em “Halloween” e Jason Voorhees em “Sexta-Feira 13”.
Agora, temos o Facial-Flex, um alongador dos músculos da face feito para “levantar, tonificar e firmar seu pescoço, rosto e queixo”. Você pode tentar a misteriosa tecnologia de “onda” do FaceMaster, apoiada por Suzanne Somers, atriz de “Um é Pouco, Dois é Bom e Três é Demais”; ou o “estimulante elétrico para os músculos” Slendertone Face. Ambos dizem acabar com as rugas. O Neckline Slimmer, que para ser usado precisa de um exercício mais ridículo do que aquilo que você possa imaginar, tem um comercial que insiste que ele elimina o queixo duplo.
Ria o quanto quiser dessas propagandas antigas, mas os produtos modernos mostram que pouco mudou desde os anos 1930 nessa indústria de enganar aqueles que buscam a juventude eterna e são crédulos o suficiente para experimentar esse tipo de tratamento. O que pensarão de nós as pessoas do futuro, que poderão inventar as máquinas de beleza definitivas?
Veja oito bizarrices que surgiram em dois séculos de tecnologia estética
Os seres humanos têm ansiado por essa ardilosa característica conhecida como “beleza” desde muito antes dos milagres da medicina moderna. Inventores estão sempre aparecendo com ferramentas que tentam ajudar homens e mulheres a alcançar os sempre intangíveis ideais de estética de sua época. Cobaias ansiosas foram ligadas a dispositivos que pareciam máquinas de tortura, ou usaram produtos que continham veneno. Mas de uma coisa nós temos certeza: em termos de resultados, essas pessoas quase sempre acabaram desapontadas.
Ainda que esses troços ridículos sirvam para despertar risadas, nossos equipamentos estéticos modernos provam que não somos menos inocentes que nossos antepassados.
O rosto perfeito
Mulheres das eras vitoriana e eduardiana usavam espartilhos elaborados e saias amplas para esconder e controlar seus corpos, então toda dama que se prezasse parecia ter a tão sonhada cintura de vespa. Como as roupas da época faziam com que todo o corpo ficasse bem coberto, apenas o rosto revelava a beleza natural de alguém. E para ser considerada realmente bela, uma mulher precisava ter a pele pálida, sem manchas, macia e suave.
Naturalmente, os inventores trabalhavam duro desenvolvendo produtos para proteger e restaurar a pele perfeita e jovem. Em 1889, Margaret Kroesen começou a se preocupar porque sua filha Alice, uma pianista, estava desenvolvendo linhas de expressão, e essas malditas rugas poderiam prejudicar a carreira da garota nos palcos. De acordo com o site da companhia, a Kroesen mais velha criou um produto chamado Wrinkle Eradicators (Erradicadores de Rugas, hoje conhecido como Frownies), que consistem em tiras de papel revestidas com um adesivo vegetal.
O Frownies teve tanto sucesso em bombardear o Google com o produto, feito até hoje, que é impossível achar uma resenha objetiva dele. Mas o site da companhia insiste que a tira, supostamente um “segredo de Hollywood”, funciona “aplicando os conceitos básicos de fitness aos músculos da face”. Ouviu isso? Seu rosto também precisa ir à academia.
Enquanto isso, os vitorianos acreditavam que vibrações podiam curar tudo, de constipação à dor de cabeça, passando por aquilo que eles chamavam de “histeria feminina”. Então não é surpresa que tenha existido o Fitzgerald Star Vibrator, como o visto nessa propaganda de 1921 da revista Hearst’s International. Dizia-se que o aparelho combatia a flacidez e o amarelamento da pele, além de manter os músculos firmes e saudáveis.
O Modern Mechanix descobriu muitos outros apetrechos de beleza perturbadores dos anos de 1930 e 40, incluindo o suporte metálico de Isabella Gilbert, que prometia escavar adoráveis covinhas em seu rosto, além de fazer um procedimento à vácuo que prometia puxar as rugas pra fora da sua pele. O Glamour Bonnet, que seu inventor Dr. D.M. Ackerman declarava melhorar a cútis ao reduzir a pressão de ar em torno dela, parecia mais com o equivalente a botar um saco plástico na cabeça.
Um corpo atraente
Os vendedores ambulantes também ofereciam ideias para conseguir seios grandes. Por que não inflá-los como balões? A única coisa necessária era aumentar sua capacidade respiratória, já que os pulmões ficam logo atrás dos seios, certo? Pelo menos era isso que sugeria a propaganda do Breathing Balloon and Psycho-Expander. Se não funcionasse, sempre haveria o Star Vibrator.
Cabelos sensuais
Quando falamos de estilos de cabelo, o consenso da moda sobre qual tipo de cabelo é mais bonito varia muito entre cacheados e lisos. É por isso que você tem mulheres enrolando os cabelos em latas de Coca em uma década e na década seguinte elas já estão alisando as mechas com ferros de passar roupa. Em 1934, a Icall lançou essa maravilhosa máquina de fazer permanente. Quem teria coragem de ficar debaixo de um negócio desses?
Hoje
Mas nada disso é tão divertido quanto os equipamentos de beleza vendidos nas madrugadas da TV. A bizarrice mais hilária é a máscara facial Rejuvenique, lançada em 1999 por Linda Evans, estrela de Dinastia. A máscara vibratória, projetada para exercitar os músculos do seu rosto, lembra demais Michael Myers em “Halloween” e Jason Voorhees em “Sexta-Feira 13”.
Agora, temos o Facial-Flex, um alongador dos músculos da face feito para “levantar, tonificar e firmar seu pescoço, rosto e queixo”. Você pode tentar a misteriosa tecnologia de “onda” do FaceMaster, apoiada por Suzanne Somers, atriz de “Um é Pouco, Dois é Bom e Três é Demais”; ou o “estimulante elétrico para os músculos” Slendertone Face. Ambos dizem acabar com as rugas. O Neckline Slimmer, que para ser usado precisa de um exercício mais ridículo do que aquilo que você possa imaginar, tem um comercial que insiste que ele elimina o queixo duplo.
Ria o quanto quiser dessas propagandas antigas, mas os produtos modernos mostram que pouco mudou desde os anos 1930 nessa indústria de enganar aqueles que buscam a juventude eterna e são crédulos o suficiente para experimentar esse tipo de tratamento. O que pensarão de nós as pessoas do futuro, que poderão inventar as máquinas de beleza definitivas?