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Viagra é candidato em potencial na prevenção ao Alzheimer

Em resultados preliminares, pacientes que tomaram medicamento apresentaram chances 69% menores de desenvolver a doença

Viagra é potencial medicamento no tratamento de Alzheimer

Imagem: Wikimedia/Reprodução

Uma pesquisa publicada na revista Nature Aging na segunda-feira (06) indica o sildenafil, princípio ativo do Viagra, como potencial candidato à prevenção contra o Alzheimer.

O estudo foi conduzido por pesquisadores da Clínica Cleveland em Ohio, nos EUA, que fizeram a associação entre a doença e o medicamento após analisar um banco de dados com informações de mais de 7 milhões de cidadãos norte-americanos.

Antes de entender a história, vale lembrar que ainda não foram feitos ensaios clínicos, ou seja, nenhum voluntário foi acompanhado enquanto recebia a medicação com a finalidade de tratar o Alzheimer. Por isso, é preciso tratar a notícia com cautela.

Os cientistas exploraram mais de 1.600 medicamentos aprovados pela Food and Drug Administration (FDA) até se depararem com o potencial do Viagra. Os dados foram cruzados aos de 7 milhões de pacientes, acompanhados durante seis anos.

Sildenafil com boa porcentagem

Com isso, os pesquisadores identificaram que aqueles que utilizaram o sildenafil durante esse tempo tinham 69% menos chances de desenvolver Alzheimer do que o grupo que não tomava o composto. O Viagra costuma ser usado para tratar a disfunção erétil.

“Notavelmente, descobrimos que o uso de sildenafil reduziu a probabilidade de Alzheimer em indivíduos com doença arterial coronariana, hipertensão e diabetes tipo 2, todos os quais são comorbidades significativamente associadas ao risco da doença, bem como naqueles sem”, disse o líder da pesquisa Feixiong Cheng à CNN.

A equipe também analisou o uso de outros quatro medicamentos: losartana, metmorfina, diltiazem e glimepirida. O sildenafil, quando comparado a todos os remédios, continuou apontando para uma redução maior no risco de desenvolver o Alzheimer.

Os pesquisadores acreditam que o medicamento também possa apresentar vantagem para outras doenças neurodegenerativas, como Parkinson e esclerose lateral amiotrófica (ELA).

A equipe da Clínica Cleveland deve iniciar testes clínicos em breve para confirmar a relação entre o uso do medicamento e a diminuição da incidência da doença.

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