Em vídeo, Gradiente diz que não usa a marca “iphone” para confundir
Aos 45 do segundo tempo de 2012, a Gradiente chamou a atenção do mundo com seu iphone nacional – digo, G Gradiente iphone. Se você ficou confuso com essa história, não se preocupe: eles lançaram um vídeo institucional para resolver as dúvidas. E ainda elogiam o iPhone da Apple!
A Gradiente ainda em processo de recuperação após quase falir, mas deve voltar com mais força em 2013. E eles realmente detêm a marca “G Gradiente Iphone” no Brasil, como mostramos no dia do anúncio do Neo One, o primeiro modelo da família iphone.
Só que tem outro aparelho bem-sucedido com esse mesmo nome, já estabelecido no mercado há quase seis anos. Colocar outro produto com o mesmo nome pode ser um problema para consumidores, em especial os mais leigos.
Mas o vídeo institucional afirma que a Gradiente não quer que ninguém se confunda. Ela explica que foi a primeira a usar o nome no Brasil, lá no ano 2000. E como mostra esta imagem do acervo do Estadão, isso é bem verdade:
O jornal diz que o Gradiente iphone “é baseado no novo modelo 7160 da Nokia, empresa com a qual a Gradiente tem acordo tecnológico”. Basicamente, eles só trouxeram um aparelho pronto da Nokia e o venderam com a marca nacional. Os aparelhos Nokia 7160 foram os primeiros com S40 a terem navegador WAP.
E depois, o vídeo faz menção ao iPhone “de uma outra empresa de tecnologia super competente e com um comandante brilhante”, comparando-o ao iphone da Gradiente. E o bizarro: ele basicamente diz que o iPhone da Apple é melhor. O iphone tupiniquim, por sua vez, “é muito bom”: tem dois chips, “um diferencial que os brasileiros adoram”, e vem “com recursos mais simples”.
Gradiente, se o objetivo é não confundir, talvez o vídeo institucional não resolva o problema – acho que muitos usuários leigos nem virão a assisti-lo. Mas se você quer chamar a atenção, ou pressionar a Apple para que saia um acordo sobre a marca, aí parece que o vídeo tem alguma função. Precedente, a Gradiente já tem: no final dos anos 1990, o imbróglio foi com a Sony e a marca PlayStation. A Sony teve que pagar para usar a marca do console no Brasil. [YouTube; Valeu, Jorge Afonso!]