O vídeo acima mostra um mosquito, em busca de um pouco de sangue, picando um camundongo anestesiado. Cientistas conseguiram ver todo o processo através de um microscópio, para entender melhor como os mosquitos picam você. É meio estranho como a probóscide – a “agulha” do mosquito – consegue ser flexível.
Ed Yong explica na National Geographic porque a probóscide, em vez de ser rígida como uma agulha – ela precisa perfurar a pele, afinal – na verdade se torna mais flexível quando procura por vasos sanguíneos. Ele diz:
A ponta pode quase se dobrar em ângulos retos, e examina as células do camundongo de uma forma verdadeiramente sinistra. Isso permite que o mosquito analise uma grande área sem ter de retirar as suas peças bucais e começar de novo.
Tem mais: a “agulha” do mosquito na verdade se divide em várias partes quando entra na pele. No caso do vídeo acima, que mostra o transmissor da malária Anopheles gambiae, são seis partes: quatro delas perfuram a pele e ajudam o mosquito a se prender na vítima; outra parte suga o sangue; e outra parte cospe saliva, para os vasos sanguíneos não pararem de fluir sangue.
E é isso o que acontece quando o mosquito perfura um vaso sanguíneo:
A descrição de Yong é um pouco assustadora:
Em média, [mosquitos] bebem por cerca de 4 minutos e, com ampliações superiores, [a pesquisadora Valerie] Choumet consegue até ver as células vermelhas do sangue correndo por seu aparelho bucal. Eles sugam com tanta força que os vasos sanguíneos começam a entrar em colapso. Alguns deles se rompem, derramando sangue nos espaços adjacentes. Quando isso acontece, o mosquito, por vezes, repete o prato e bebe diretamente da poça de sangue que ele criou.
É por isso que precisamos matar todos esses insetos com fogo. Leia mais sobre a ciência das picadas de mosquito aqui: [National Geographic]
Imagem via Wikipédia