Vídeo feito a partir de dados de sonda da NASA mostra como seria sobrevoar a superfície de Marte

Existem várias coisas incríveis que você pode fazer com dados. Como, por exemplo, esta animação da superfície de Marte. Este é o trabalho mais recente do artista visual Seán Doran, usando dados reais coletados pela câmera HiRISE, no Orbitador de Reconhecimento de Marte (MRO, na sigla em inglês), da NASA. Claro, não são imagens reais, […]

Existem várias coisas incríveis que você pode fazer com dados. Como, por exemplo, esta animação da superfície de Marte.

Este é o trabalho mais recente do artista visual Seán Doran, usando dados reais coletados pela câmera HiRISE, no Orbitador de Reconhecimento de Marte (MRO, na sigla em inglês), da NASA. Claro, não são imagens reais, e elas exigiram muito processamento para se chegar a esse efeito realista. Mas a produção traz uma impressão empolgante de como seria sobrevoar a superfície marciana.

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“A qualidade e fidelidade dos dados que a HiRISE oferece a possibilidade de que uma fotografia virtual da superfície marciana seja tirada”, Doran contou ao Gizmodo, por meio de mensagem no Twitter. “Não é tão bom quanto estar lá, mas é a segunda melhor coisa!”

O conjunto de dados atualizado retrata o Gorgonum Chaos — um terreno acidentado e cheio de fendas supostamente moldado pela água no hemisfério sul de Marte. A câmera HiRISE registra luz visível em altíssima resolução a partir do MRO, cerca de 320 km acima da superfície de Marte. Ela é usada para selecionar locais para pousadores e, potencialmente, humanos, de acordo com uma página da Universidade do Arizona.

Arquivo raw do Gorgonum Chaos. Imagem: NASA/JPL/Universidade do Arizona/USGS

E como é que se faz vídeos da superfície marciana? A HiRISE coleta dados de elevação em alta resolução, conforme explica Doran. Ele usa o Blender, software de gráficos 3D, para transformar os dados em uma malha 3D, que é então otimizada, considerando o quão complexo o conjunto de dados é. Ele então processa mais profundamente as texturas no Photoshop, onde também aprimora os detalhes. Então, é a hora de combinar e renderizar tudo no software 3DS Max, acrescentando os céus no Photoshop e animando tudo com o After Effects. Mais uma vez, não é uma verdadeira fotografia de Marte — foi necessária um pouco de sensibilidade artística (e muito trabalho) para fazer com que este fosse o resultado final.

Como você provavelmente já deve ter imaginado, imagens do espaço requerem processamento e, muitas vezes, recebem um toque artístico. Doran, ele mesmo, processa várias imagens de Júpiter, criando arquivos de imagem que, frequentemente, se parecem com pinturas. Se você quiser criar imagens por conta própria, normalmente é possível encontrar os arquivos raw no site do experimento específico que você tem em mente. Se quiser apenas o serviço finalizado, Doran compartilha um monte de imagens em seu Twitter e Flickr. Existe toda uma comunidade de pessoas que também fazem e processam essas imagens.

O Planeta Vermelho oferece bastante materiais para aqueles que criam esse tipo de arte espacial. “Marte facilita”, disse Doran. “O planeta é repleto de paisagens alienígenas e exóticas.”

Imagem do topo: Reprodução/YouTube

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