Se você gosta de plantas exóticas e curiosas, talvez já tenha ouvido falar da Papo-de-peru, uma trepadeira nativa e endêmica do Brasil, que possui as maiores flores do país. Mas você sabe por que ela tem esse nome e quais são suas características?
A Papo-de-peru é uma das mais de 500 espécies do gênero Aristolochia, que pertence à família Aristolochiaceae. Esse gênero abrange plantas que também são conhecidas como cipó mil-homens, por causa de suas propriedades medicinais, mas que podem ser tóxicas se consumidas em excesso.
O nome Papo-de-peru se deve ao aspecto e cor de suas flores, que lembram o papo vermelho e inchado dos perus. Essas flores são muito chamativas e diferentes, mas não são utilizadas no paisagismo em virtude do aroma de matéria em decomposição que exalam para atrair moscas polinizadoras.
Aspecto e cor de suas flores lembram o papo vermelho e inchado dos perus. Imagem: SafariGarden/Reprodução
A espécie que possui as maiores flores é a Aristolochia gigantea, que pode chegar a medir entre 20 e 25 centímetros de comprimento.
Essa espécie é nativa e endêmica do Brasil, e ocorre nos Estados da Bahia, Minas Gerais, Rio de Janeiro, São Paulo e Paraná, nos domínios fitogeográficos Caatinga, Cerrado e Mata Atlântica.
Planta exige cuidados especiais
A Papo-de-peru é uma trepadeira de crescimento vigoroso e caule lenhoso, podendo atingir até 3 metros de altura. Possui folhas cordiformes com nervuras bem marcadas e suas flores são axilares, solitárias e pendentes. A floração acontece entre a primavera e o outono, principalmente no mês de abril.
Para ser cultivada, a Papo-de-peru necessita de sol pleno ou meia-sombra e prefere solo fértil e bem drenado, com regas regulares. Dessa forma, ela não tolera frio intenso ou geadas. Pode ser multiplicada por estaquia ou sementes.
A Papo-de-peru é uma planta que desperta a admiração e a curiosidade de quem a vê, pela sua beleza e singularidade. Mas também é uma planta que requer cuidados e atenção, pois contém substâncias que podem ser prejudiciais à saúde humana e animal.
Por isso, é importante conhecer bem essa exótica e maior planta brasileira, e respeitar seus limites e necessidades.
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