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Vórtice polar da Antártida muda de forma e acende alerta em cientistas

A mudança de forma do vórtice polar pode representar consequências graves para o clima, segundo a NASA

Vórtice polar da Antártida muda de forma e preocupa cientistas

O vórtice polar da Antártida mudou de forma, chamando a atenção de cientistas para o fenômeno climático incomum. Os pesquisadores temem que ele venha colapsar, gerando efeitos negativos para o clima.

O vórtice polar sul, uma imensa massa de ar frio que circula sobre a Antártida, influencia os padrões climáticos em todo o Hemisfério Sul. Devido às altas temperaturas registradas em julho e agosto de 2024, o vórtice polar mudou de forma, que, segundo a NASA, deixou de ser circular para ser algo similar a um “amendoim”.

Essa mudança ocorreu pelo mesmo motivo do possível colapso do vórtice: o enfraquecimento dos ventos e o aumento nas temperaturas da Antártida, que foram de -80°C para -60°C

Desse modo, a NASA investiga as possíveis causas pela mudança na forma do vórtice polar, conforme informou a agência na última sexta-feira (6). Os fatores que a NASA observa são a temperatura da superfície do oceano e a redução do buraco na camada de ozônio.

Consequências graves para o clima

Modelos do Escritório de Modelagem e Assimilação Global da NASA, o GMAO, mostram que o vórtice polar sul acima da Antártida se tornou alongado, quente e fraco durante o período de inverno.

Forma do vórtice polar na Antártida em agosto de 2023 x agosto de 2024. Imagem: Nasa/Divulgação

Essa forma do vórtice indica ventos mais fracos e lentos, segundo a NASA, além de ser responsável pelo aquecimento da região. “O evento de julho foi o primeiro aquecimento estratosférico observado pelo GMAO em seus 44 anos de existência”, afirmou Lawrence Coy, da NASA.

Além disso, a mudança de forma do vórtice polar pode representar consequências graves para o clima, principalmente, se ele vir a colapsar. No Brasil, por exemplo, isso poderia gerar ondas de calor mais fortes e duradouras.

Por isso, cientistas continuam a monitorar o fenômeno para entender as origens e possíveis impactos dessa mudança.

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