Depois de passar a maior parte do tempo das eleições dos Estados Unidos focado em vazar emails da Hillary Clinton, o Wikileaks repentinamente ficou interessado no cara que agora ocupa a sala oval.
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No domingo, a organização liderada por Julian Assange convidou seus seguidores a vazar a declaração de imposto de Trump – que Kellyanne Conway, conselheira do presidente, confirmou no programa “This Week” da ABC que não seria divulgada.
“A conselheira de Trump, Kellyanne Conway, disse hoje que o presidente não irá divulgar sua declaração fiscal”, tweetou o Wikileaks. “Envie-a para wikileaks.org/#submit para que então nós possamos divulgar”.
A organização apontou ainda que o não cumprimento da promessa feita por Trump “é ainda mais gratuito do que Clinton esconder as transcrições de suas conversas com a Goldman Sachs”. Nos Estados Unidos, os candidatos geralmente liberam essas informações para a sociedade.
Trump Counselor Kellyanne Conway stated today that Trump will not release his tax returns. Send them to: https://t.co/cLRcuIiQXz so we can.
— WikiLeaks (@wikileaks) January 22, 2017
Trump's breach of promise over the release of his tax returns is even more gratuitous than Clinton concealing her Goldman Sachs transcripts.
— WikiLeaks (@wikileaks) January 22, 2017
Em diversas ocasiões Trump prometeu divulgar suas declarações fiscais depois que uma auditoria fosse finalizada – no entanto, não existe nenhuma prova conclusiva de que essa auditoria aconteceu.
Assange afirmou anteriormente que ele não queria influenciar a eleição. Talvez seja por isso que a organização esperou para pedir ao público informações sobre a declaração de renda de Trump.
Será que Assange realmente pensava que Trump iria liberar suas declarações fiscais? Talvez ele estivesse ocupado demais fugindo de sua própria promessa de ser extraditado quando Chelsea Manning fosse liberada.
Imagem do topo: Getty.